Observem que o mundo é uma harmonia de contrários.
Em algum momento do passado a distância entre galáxias foi zero. No momento do big bang começa um ciclo e voltaremos a colapsar, fechando outro. Assim também é nossa vida. Nascer: uma probabilidade, viver: um risco constante e
envelhecer um privilégio.
Fechando ciclos vamos enfrentando esse mistério que é pensar. Mas nem isso mais é garantia de que estamos vivos. O erro de Descartes. Somos humilhados cosmologicamente, biologicamente e psicologicamente durante nossa existência, esse eu que pensa que pensa não é dono desse corpo.
Observem que o mundo é uma harmonia de contrários. Não garantimos que fecharemos o próximo projeto, pois seremos impedidos a qualquer hora, por motivos diversos, de concluir nosso mais simples objetivo.
– Viste a lua cheia ontem? Namorou? Bebeu seu vinho? Leu alguma coisa? Afastou-se daquele tio negativo e fracassado que tanto torce contrário por
você? Produziste alguma coisa?
A questão maior não é de onde viemos e nem para onde vamos. É importante a pergunta: O que estamos fazendo?
Faça rápido, com intensidade e feche o próximo ciclo. Por dormir até mais tarde perdemos o espetáculo da chuva.
Somos tão passageiros que não somos, estamos…
ESCRITO POR ARLINDO MAXIMIANO DRUMMOND | EMPRESÁRIO
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