O BRASIL SE TORNOU A NAÇÃO DO CAFÉ
Paixão é a palavra que mais ouço em todos os encontros de café, do produtor ao colhedor, da torrefação a cafeteria, dos amantes aos baristas. Ao redor do mundo em todos os balcões e até o consumidor se dizem apaixonados pelo café. Quando o café virá uma paixão. Não tem mais jeito. A gente se entrega a esse nosso queridinho de todos os dias. E aqui nas Minas Gerais, um convite muito tradicional é: Entre, vamos tomar um café! A bebida que está presente em todos os momentos da vida dos mineiros começa a fazer história aqui na nossa região do Cerrado Mineiro. Essa história no Brasil começa 1727, quando por Francisco de Melo Palheta chegaram às primeiras mudas de café trazidas das Guianas. Um território extenso e completamente propício para se cultivar tornou-se o maior parque cafeeiro do mundo. O Brasil se tornou a nação do café. Sim, o nosso país, o nosso café. Mas foi em 1972 que o Cerrado foi reconhecido como região cafeeira. Uma região buscada por produtores pela fuga de outras regiões com geadas que acabaram com seus cafezais. E, apesar da baixa fertilidade das terras do cerrado naquela época, ainda era muito atrativa pela topografi a plana e programas de incentivos. Os cafeicultores aqui instalados se aglutinaram com objetivo de se fortalecerem politicamente e mercadologicamente. Assim surgindo as associações e cooperativas.
A região do Cerrado Mineiro é conhecida pela organização e pioneirismo no empreendedorismo do café. E reconhecida pela qualidade do café com Denominação de Origem. O nosso café é DOC, assim como os mais finos vinhos, queijos e produtos com qualidade e rastreabilidade. Uma identidade única e marcante. “Ir além da tradição e construir o novo é a nossa história. Moldar o futuro é a nossa ATITUDE”. (Fonte: Site região do Cerrado Mineiro). E aqui, bem aqui no nosso Triângulo Mineiro, a cidade de Araguari nos contempla com a honra de pertencermos a mais organizada região cafeicultura do Brasil. Do ladinho da nossa cidade. A trinta minutos de Uberlândia podemos conhecer, admirar e vivenciar a colheita do café do cerrado. Acompanhar o beneficiamento na cooperativa e acompanhar a torra em microtorrefações artesanais. Além de uma bela cafeteria em um grande casarão.
Um produto tão nosso e tão maravilhoso
Os cafés especiais de Araguari estão pelo mundo e em nosso país nas prateleiras e balcões de cafeterias e torrefações muito conceituadas em qualidade de xícara. O mercado de cafeterias e cafés especiais, que são aqueles com qualidade garantida por provadores e especialistas é crescente. Cada vez mais, a busca pela origem, qualidade e experiência sensorial, forma um consumidor muito exigente. A paixão pelo café surge quando conhecemos a história e os cuidados que envolvem uma xícara de café especial. A paixão está em produzir melhor, selecionar a dedo, torrar com critérios e preparar traduzindo em xícaras um sabor único do momento de um bom café. Os cafés de Araguari são um patrimônio nosso, todos deveriam conhecer e se apaixonar. Um patrimônio que prospera uma região inteira. O café aproxima, conecta e une. Araguari nos espera para a apreciação deste ouro. Deixo aqui um convite para tomarmos uma boa xícara de café e discorrermos mais sobre esse apaixonante patrimônio de todos nós. (Paula Dulgheroff – Mundo Café – torrefação, escola de baristas e desenvolvimento sensorial. Peacoffee – cafeteria).
Cafeicultura em Araguari
O Cerrado produz cafés de alta qualidade, em Araguari 60 a 70% do café produzido atinge 80 pontos pela metodologia da SCA. Conceitualmente, cafés com 80 pontos são especiais e os produtores locais já estão buscando conhecimento a fim de produzir cafés de alta qualidade. A cafeicultura é extremamente importante para a economia da cidade de Araguari. Mas a população tem em mente que os melhores cafés são exportados. Na verdade, existe nas gôndolas dos supermercados da cidade cafés de 83 pontos, torrados de maneira a expressar todo seu potencial na xícara, mas é bem mais caro que o tradicional, porque a matéria-prima é mais cara. A Coocacer tem um papel fundamental nessa mudança, proporcionando informação e qualificação ao produtor, e ao consumidor, realizando concurso de qualidade, e eventos abertos ao público mostrando o café que produzimos aqui. No futuro produziremos cafés melhores ainda e a população que pode assumir um produto mais caro, certamente passará a consumir melhores cafés. (Evanete Pérez).
PAULA DULGHEROFF | MUNDO CAFÉ | EVANETE PÉREZ DIVULGAÇÃO