De acordo com o Pensi, ao alcançar 50 casos confirmados, o Brasil poderá atingir 4 mil casos em apenas 15 dias
O vírus COVID-19, que causa o novo coronavírus, tem se proliferado por todo o mundo, afetando a vida de todos social e economicamente. Trata-se de uma doença infecciosa transmitida de forma semelhante a uma gripe comum, ou seja, pelo contato de secreções de pessoas contaminadas, como gotículas de saliva, tosse e espirros. E de fácil transmissão quando seguido do contato com a boca, nariz e olhos.
A fim de evitar a contaminação, o Ministério da Saúde recomenda medidas como lavar as mãos frequentemente, cobrir nariz e boca quando for espirrar ou tossir, evitar contato com pessoas já diagnosticadas com o vírus e manter o ambiente bem ventilado. Em caso de contaminação, a recomendação é que as pessoas infectados fiquem isoladas e em observação. O uso de medicamentos para aliviar os sintomas é permitido e elas devem ficar em repouso e se hidratar.
De acordo com o jornal Nexo, a letalidade do covid-19 está em torno de 2 a 3%. Uma taxa menor que outras doenças infecciosas como o H1N1, gripe suína. O que preocupa é a rapidez da transmissão da doença entre as pessoas e a escala em que ele pode atingir o mundo todo.
Os sintomas mais comuns da doença são febre, tosse seca e cansaço. Mas a doença também pode causar dores do corpo, congestão nasal, dor de garganta, coriza, diarreia e, em 20% dos casos, dificuldade para respirar. Os primeiros casos suspeitos eram identificados em pessoas que apresentavam febre, alguma dificuldade para respirar e o aparecimento do sintoma nos últimos 14 dias após fazerem alguma viagem para o exterior. Logo tornou-se caso suspeito todas as pessoas que tiveram contato com os indivíduos após voltarem de viagem. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado no dia 26 de fevereiro em São Paulo e logo já surgiu em diversas outras cidades.
De acordo com o OMS (Organização Mundial de Saúde), já foram confirmados 142.539 casos no mundo, 81.021 somente na China e 5.393 mortes. Dessa forma, o OMS decidiu, quarta-feira, declarar que há uma pandemia — epidemias em diversos países pelo mundo — do novo coronavírus em disseminação por todos os continentes em mais de cem países, portanto, eles devem estar preparados para detectar, proteger, tratar e reduzir a transmissão.
O Pensi (Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Infantil Sabará em São Paulo) divulgou uma análise na qual diz que o número de infectados no Brasil aumentará exponencialmente ao alcançar 50 casos confirmados de coronavírus — o que aconteceu na última quarta-feira. Segundo o estudo, o país poderia alcançar mais de 4 mil casos em apenas 15 dias e cerca de 30 mil casos em 21 dias de epidemia no país..
Na última quinta-feira, Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência, foi diagnosticado com o vírus após uma viagem oficial aos Estados Unidos onde acompanhava o presidente Jair Bolsonaro, que testou negativo para a doença. Já nos EUA, a Casa Branca se posicionou sobre o presidente americano Donald Trump, que aparece em uma foto nas redes sociais de Wajngarten posando ombro a ombro com o secretário, dizendo que o presidente americano não fará o teste para detectar a doença porque “quase não teve interações com o indivíduo que postou positivo”.
Ainda no dia 12 de março, após a declaração da OMS de que o coronavírus é uma pandemia, as bolsas de valores do mundo caíram muito e fecharam o dia com valores mais baixos dos últimos 30 anos. Além das bolsas de valores, outros setores que movimentam a economia também estão sofrendo as consequências. As companhias aéreas e as hotelarias são as primeiras as sofrerem quedas na procura. Com a contaminação acelerada, as pessoas estão deixando de frequentar locais que envolve muitas pessoas e as atividades estão sendo represadas. Campeonatos foram suspensos ou estão sendo apresentados sem plateias e com arquibancadas vazias. Isso acarreta na diminuição do consumo e, portanto, menos dinheiro circula, afetando a economia do país e do mundo.
Por Communicare Jr. | Mariana Palermo