Darah Gomes
Fotos Arquivo Pessoal | Divulgação
Durante a cerimônia, mulheres mostraram que moda é, sim, forma de expressão.
No tapete vermelho do Oscar 2020 artistas aproveitaram o momento para incentivar a sustentabilidade e fazer críticas quanto a falta de diretoras mulheres indicadas na premiação, à invasão as terras indígenas e até a falta de respostas sobre o caso da morte de Marielle Franco. A equipe do Democracia em Vertigem, único projeto brasileiro indicado ao Oscar, aproveitou a visibilidade do tapete vermelho para fazer duras críticas ao governo. Alguns levantaram placas contra a invasão das terras indígenas, outros contra o fascismo. Petra Costa, diretora do documentário, questionou quem mandou matar Marielle, que foi assassinada há quase dois anos e o crime continua sem desfecho e justiça. Já Natalie Portman fez um protesto contra as diretoras mulheres que foram ignoradas nas indicações ao Oscar. Para isso ela bordou em uma capa preta o nome das autoras que produziram filmes aclamados pela crítica durante o ano. A atriz afirmou que queria honrar estas mulheres pelo trabalho e optou por fazer isso através do look da Dior.
O vestido de Elizabeth Banks também deu o que falar. Ela usou um look da marca Badgley Mischka, sendo o mesmo que ela usou em 2004 na primeira festa pós-Oscar da vida dela. Pelo Instagram a atriz contou que queria conscientizar as pessoas da importância da sustentabilidade na moda e lembrá-los de como o consumismo colabora para as mudanças climáticas, poluição dos oceanos e trabalho escravo, além de prejudicar as mulheres. Em um espaço tão conhecido pelo brilho e glamour, mulheres mostraram que aqueles vestidos e peças deslumbrantes podem ser mais do que apenas beleza. Foi um momento delas se expressarem, algumas com as próprias roupas, outras com placas, mostrando que moda é, sim, forma de expressão.
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Darah Gomes é jornalista, webwriter e apaixonada por moda.
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