Nilson Paulo Lima | Maratonista
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O ritmo da corrida deve ser buscado com aumentos gradativos de volume e intensidade.
A cada dia, mais gente começa a correr, os principais motivos são: Fácil de praticar e tem resultado rápido. Uma vez picado por este “mosquito”, não há limites aonde chegar. Foi assim comigo, de uma simples pretensão de correr pra perder peso, lá se foram quase 300 maratonas em várias partes do mundo. Porém, a linha que separa apaixonados e viciados pode ser tênue. Assim como
o vício se torna paixão, há os que desistem nos primeiros metros, acreditando que não nasceram pra correr. Conheço gente que mal calçou o tênis e desistiu antes de aquecer pelo desconforto inicial. Este início é uma tortura para a maioria dos corredores. Alguns chamam este início de “tóxico dos dez minutos”, tamanho é o sofrimento. Esta terrível sensação é um dos fatores de desistência de muitos, pois acham que aquilo só tende a piorar. Acreditam que, se está dolorido no início, tudo irá piorar mais adiante. Todos nós sofremos com este desconforto, seja iniciante ou veterano na pista. É preciso persistência, pois ao ultrapassar esta barreira, nos sentimos melhor e podemos levar a corrida com mais prazer. Encontrar o ritmo ideal é a solução para evitar este martírio. Uma boa alternativa para quem está começando é intercalar caminhada e corrida. O ritmo da corrida, deve ser buscado aos poucos, com aumentos gradativos de volume e de intensidade. O Dr. Drauzio Varella, médico e maratonista, admite: Meu primeiro quilômetro é dominado por um pensamento recorrente. Não há nada que justifique passar o que estou passando e afirma: “Passado o martírio inicial, a corrida fica suportável. Boa mesmo, só quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial, um barato igual ao de drogas que nunca experimentei”. A verdade é que ainda estamos frios, assim é preciso ter paciência e persistir para que o corpo entre em equilíbrio. Ah, sim, vale a pena insistir.
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Nilson Paulo Lima é maratonista.
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