ACIUB MULHER
Tomaídes Rosa
Fotos Divulgação
“Aprendemos a improvisar, viver o diferente, enxergar outros cenários e possibilidades”
Você já ouviu o termo VUCA, que é uma sigla em inglês, formada pela primeira letra das palavras: Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade)? Pois bem, este termo teve origem no Exército dos Estados Unidos, como forma de ilustrar as condições pós-Guerra Fria, e depois foi adotado por empresas e organizações como elemento do planejamento estratégico e de liderança. Na atualidade, em meio à pandemia, ouso dizer que estamos em meio ao VUCA, com suas referências presentes em nossa vida. Estamos vivendo dias complexos em que não conseguimos ter a certeza de absolutamente nada. Temos que lidar com um volume de informações incertas e mudanças em uma velocidade que não estávamos acostumados. O que temos de referência disponível não necessariamente nos leva às previsões efetivas, como antes, e tão pouco garante decisões mais acertadas. Esta realidade a que estávamos acostumados ficou pra trás. Vivemos na prática a certeza de que a conectividade e interdependência entre pessoas e instituições minaram as ações isoladas, percebemos que a causa e o efeito se desconectaram. Não temos mais a convicção de que se eu fizer algo assim, resultará naquilo que espero. Nossas interpretações não contam mais com elementos tão concretos, sentimos que o chão começou a se desfazer. Tivemos que desenvolver a capacidade de resolver problemas complexos, com dados incompletos e contraditórios, muitas vezes em transformação, sem sequer saber em que estágio estávamos. Tivemos que aprender a improvisar, viver o diferente, enxergar outros cenários e possibilidades. A única certeza que temos, e nos agarramos nela, é que isso vai passar, sabendo que não há garantia de que os bens durem para sempre e nem que mal acabará.
Tomaídes Rosa é empresária e presidente do Aciub Mulher.