Conheça empresários de sucesso na arte de inovar e transformar.
Em tempos de pandemia, além do momento de inovar, também é tempo de persistir e superar os momentos difíceis. Nesta edição da Revista Cult apresento a história de transformação de dois empreendedores que admiro muito e acompanho há anos suas trajetórias de inovação e superação: os empreendedores Antônio Alberto Saraiva (Habib’s) e Luiz Antônio Seabra (Natura). Inspire-se neles e acredite que você também pode superar.
Antônio Alberto Saraiva é fundador da Rede Habib’s, que vende mais de 600 milhões de esfihas por ano.
Antônio Alberto Saraiva
A sua história é típica de um empreendedor conhecido por força do destino. Isso porque teve que assumir os negócios do pai, após ele ser assassinado na própria padaria. Apesar de dividir seu tempo com a empresa que assumira e os estudos de medicina, conseguiu em determinado momento forçado pelo espírito empreendedor, conquistar uma personalidade que o fez enxergar um investimento que traria muito lucro a um custo popular: fast-food especializado em comida árabe.
Inovação
O Habib’s, fundado por ele em meados dos anos 1988, unia preços bastante acessíveis com um cardápio diferenciado que incluía esfihas, quibes e beirutes unidos às tradicionais comidas de fast-food, como batatas fritas, pastéis e pizzas. Genuinamente brasileiro.
Transformação
O Habib’s conta hoje com mais de 400 estabelecimentos espalhados pelo Brasil. Antônio se caracterizou pela visão avançada de oportunidades de negócio. Enxergou o espaço para espalhar a culinária pouco conhecida pelo povo brasileiro até então, com um custo mínimo de produção, possibilitando cobrar preços acessíveis aos mais variados bolsos das famílias brasileiras. Hoje é presidente, além do Habib’s, de redes que incluem a Ragazzo, Arabian Bread, Ice Lips, Promilat, Vox Line e Centrais de Produção em território nacional.
Antônio Luiz Seabra é fundador e dono da Natura, maior empresa cosmética do Brasil.
Luiz Antônio Seabra
Apesar de trabalhar no setor administrativo do laboratório, passou a se interessar por fórmulas e combinações que resultavam em novos produtos. E, depois de oito anos de trabalho na Remington, Luiz decidiu sair da empresa para gerenciar um pequeno laboratório de cosméticos em São Paulo durante três anos. Logo em seguida ingressou na indústria de cosméticos. Mas só aceitou a proposta de sociedade com a condição de que aquele pequeno laboratório se transformasse em uma empresa de verdade.
Inovação
Aos 27 anos, mais precisamente no dia 28 de agosto de 1969, fundou a Indústria e Comércio de Cosméticos Berjeaout Ltda, em sociedade com Jean Pierre Berjeaout. Poucos meses depois, a empresa viria a se chamar Natura, por causa da participação de ativos vegetais na composição de seus produtos. As atividades da gigante brasileira começaram com uma pequena loja na Rua Oscar Freire, em São Paulo mesmo, onde Seabra prestava consultoria de beleza aos consumidores. O objetivo dele era criar novos produtos com uma cara artesanal. No dia da inauguração da loja, Luiz captava clientes nas ruas, distribuindo rosas brancas junto a uma mensagem. E foi a partir do atendimento direto ao cliente e conversando com cada um deles que constatou o potencial transformador dos cosméticos. Uma vez que o ato de cuidar da pele é uma das formas de expressão da autoestima, satisfação pessoal e bem-estar dos indivíduos.
Transformação
O negócio deu tão certo que, com o passar dos anos, estabeleceu revendedores em todo o país. Com humanismo, criatividade e equilíbrio, fez da Natura a maior empresa cosmética do Brasil. São mais de 7 mil funcionários engajados nos processos internos e mais de 1 milhão e meio de consultores independentes. A grandeza da operação justifica o valor de mercado da marca. Estima-se que a Natura valha por volta dos US$3,15 bilhões, sendo a líder no ranking das mais valiosas da América Latina, de acordo com a Interbrand.