O que te aproximou da fotografia?
Kaká – Sempre tive um lado artístico, gosto de me arriscar. Conheci a fotografia por um amigo fotógrafo e me apaixonei.
Como você poderia caracterizar o seu trabalho e como descrever o seu estilo fotográfico?
Kaká -Caracterize meu trabalho como comprometimento, criatividade e paixão.
Comprometimento: faço tudo que prometi ao meu cliente.
Criatividade: é preciso ter criatividade. O mundo está sempre em transformação e você tem que acompanhar as mudanças; só assim você sobrevive no mercado.
Paixão: realmente gosto do que faço e como diz uma frase famosa de Confúcio: “trabalhe com o que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida”
Sobre estilo na fotografia, gosto de fazer fotos jornalísticas, espontâneas e artísticas, mas, o que mais gosto é fazer fotos tradicionais, aquelas que você tira e fala essa vai para o porta-retrato. Penso que sou um fotógrafo mais conservador.
Em que área ou estilo de fotografia se sente mais à vontade ou gosta mais de trabalhar?
Kaká -Gosto de várias áreas. Empresarial, criança, mas a que mais me identifico são as fotos de casamento e 15 anos.
O que mais te inspira na fotografia? De onde vem suas melhores ideias para fotografar?
Kaká -O que mais me inspira é a felicidade das pessoas. Meu nicho maior é casamento e no casamento todos estão felizes. Minhas inspirações vêm dos próprios clientes, que me falam seus estilos e o que pensaram, em entrevista, e assim transformo-os em imagens
Quem seria hoje uma grande referência para você e seu trabalho?
Kaká -Ainda hoje, quem me inspira é o fotógrafo Marcos Araújo de Uberlândia, cara bacana que me incentivou no início da minha profissão. J.R Duran, a luz que ele usa em suas fotografias para mim é a melhor, e outro que, além de me inspirar, foi um grande incentivador, foi o fotógrafo mexicano Fer Juaristi. Com ele aprendi a não ter medo de errar.
Existe alguma história emocionante e marcante na sua carreira?
Kaká -Sim. Várias, mas uma que me marcou muito. Estava fotografando uma cerimônia religiosa e, de repente, entra um homem gritando e derrubando a decoração, indo em direção aos noivos. Eu e a equipe ficamos sem reação, parecia coisa de cinema, pensei que seria um possível ex-namorado da noiva, mas depois descobri que era o irmão. Ele era padrinho e chegou atrasado e eles não o esperaram. Os noivos ficaram sujos de terra, noiva chorando, mas, no final, deu tudo certo. Retiraram o irmão e realizaram a cerimônia religiosa e a festa.
Como vê o mundo da fotografia atualmente e no futuro?
Kaká -Hoje, a fotografia mudou com os avanços tecnológicos, a popularização das câmeras, o acesso à internet com cursos grátis. Ficou mais fácil aprender sobre fotografia. O que vai diferenciar é o olhar artístico e a técnica desenvolvida por cada fotógrafo. A fotografia, para mim, significa o que ela sempre foi e será desde o seu princípio: a eternização de um momento.
Se você tivesse uma dica para fotógrafos bem no início de suas carreiras quais seriam os itens de maior importância no preparo pessoal?
Kaká – A minha dica é: seja resiliente. Há 20 anos, quando comecei na fotografia, me disseram que a fotografia não era mais a mesma e que eu não ia prosperar. Pois é. Prosperei e aqui estou eu ainda fotografando.