| O inverno seco e as constantes mudanças de temperatura ao longo do dia — manhãs geladas, tardes mais amenas e noites úmidas ou extremamente secas —, o corpo sofre para se adaptar. E quem mais sente esse impacto é o sistema respiratório. O otorrinolaringologista Dr. Bruno Borges de Carvalho Barros, explica como esse “sobe e desce” térmico, associado ao ar seco, favorece doenças respiratórias e dá dicas para proteger o nariz, a garganta e os pulmões durante a estação.“Quando as temperaturas variam muito em pouco tempo, o nariz tem dificuldade de manter a função de aquecer e umidificar o ar inspirado. Isso prejudica a defesa natural do sistema respiratório e abre espaço para infecções e inflamações”, explica o especialista. Segundo ele, as doenças mais comuns nesse cenário são gripes, resfriados, sinusites, crises de rinite alérgica e até laringites, que podem evoluir para quadros mais graves em pessoas com imunidade baixa.
Outro fator agravante é a baixa umidade do ar, típica do inverno em várias regiões do Brasil. “O ar seco resseca as mucosas nasais, favorecendo fissuras, sangramentos e o acúmulo de secreções. Isso dificulta a filtração de vírus, bactérias e partículas de poluição”, afirma Dr. Bruno. 1. Hidrate-se — Beber água ajuda a manter as vias respiratórias úmidas e funcionais, mesmo que a sede diminua no frio. 2. Evite ambientes fechados e com aglomeração — A circulação de vírus respiratórios é maior em locais mal ventilados. 3. Use soro fisiológico no nariz — A lavagem nasal com solução salina é essencial para limpar as narinas e manter a mucosa saudável. 4. Cuidado com os aquecedores — Evite o uso prolongado sem umidificar o ambiente, pois eles ressecam ainda mais o ar. 5. Mantenha uma rotina de sono e alimentação equilibrada — Um corpo descansado e bem nutrido responde melhor às mudanças climáticas. Alerta para os extremos: Crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas, como rinite, asma e DPOC, precisam de atenção redobrada. “A qualquer sinal de piora, como tosse persistente, chiado no peito ou febre, é fundamental procurar um médico. O tempo seco pode agravar condições pré-existentes e desencadear crises sérias”, finaliza o otorrinolaringologista. |

