CONSTRUÇÃO CIVIL DEVE DEMANDAR MAIS DE 205 MIL PROFISSIONAIS QUALIFICADOS EM MINAS GERAIS ATÉ 2027, APONTA CNI. |
Mapa do Trabalho Industrial projeta ainda que o Brasil demandará 1,4 milhão de profissionais qualificados nessa área
Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o mercado da construção civil está aquecido. Até 2027, a entidade projeta que, em Minas Gerais, a demanda futura por profissionais qualificados na área seja de 205.556 trabalhadores. Desse total, 48.911 devem ter formação inicial e 156.645 precisam passar por treinamento e desenvolvimento para se manterem atualizados em relação aos processos e demandas do mercado. Nesse sentido, ainda conforme o estudo, o Brasil deve qualificar e requalificar mais de 1,4 milhão de trabalhadores para atuar na construção civil. Esses dados estão no Mapa do Trabalho Industrial 2025-2027, um estudo prospectivo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI) com o objetivo de mapear as demandas dos setores da indústria no país, levando em conta as expectativas de crescimento da economia e do mercado de trabalho. O gestor dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Química da Uniube, Luis César de Oliveira, observa que a demanda por profissionais preparados também é uma realidade em Uberaba e região. “Esse cenário é impulsionado por novos empreendimentos imobiliários, obras de infraestrutura e, principalmente, pelo posicionamento estratégico da cidade como polo químico, industrial e agroindustrial.” Oliveira diz ainda que as empresas têm enfrentado dificuldades para preencher vagas por conta da escassez de profissionais com formação adequada ou atualizados com as novas tecnologias e exigências do mercado. O engenheiro civil, Diego Oliveira, 37 anos, formado em Engenharia Civil pela Uniube em 2012, conta que começou a atuar na área como auxiliar de engenharia em uma construtora quando ainda era estudante. E comenta que ao longo de 13 anos de carreira, testemunhou mudanças significativas. “Quando comecei, a realidade era marcada por processos mais manuais, menos tecnologia embarcada e uma cultura de planejamento ainda em amadurecimento. Outra mudança importante foi no perfil da mão de obra: as equipes precisaram se adaptar a novas tecnologias. E isso exigiu maior investimento em capacitação e multidisciplinaridade”, diz. Para Diego, o engenheiro da atualidade precisa não apenas ter conhecimento técnico, mas também visão de gestão, capacidade de comunicação e abertura para a inovação. Para lidar com as mudanças constantes do mercado, o egresso da Uniube diz que sempre buscou se manter atualizado por meio de treinamentos, cursos e workshops. “Lidei com essas mudanças de forma proativa: primeiro compreendendo, depois aplicando e, por fim, disseminando o conhecimento. Essa postura tem me ajudado a acompanhar a evolução do setor sem perder de vista a essência da engenharia: entregar soluções seguras, eficientes e sustentáveis”, complementa Diego.
Segundo Oliveira, isso possibilita que o profissional se mantenha atualizado em relação ao mercado de trabalho e também consiga expandir a atuação para áreas de outras engenharias, desde que possua a devida qualificação, conforme estabelecido na Resolução nº 1.073/2016 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). |