Dr. Roberto Botelho | Redação Cult
TORRE DIGITAL DO UMC É INÉDITA NO BRASIL
Há sete anos lançou-se um projeto diferente. Até hoje, não se identificam autores, tampouco proprietários. Por mais difusa que seja lista de candidatos a autores, parece haver convergência para o legítimo proprietário ou controlador: o povo da região do Triângulo Mineiro. Para o momento, não há relevância discutir autoria, mas o projeto e seu alcance. Aliás, o mundo plano tem hospedado essa natureza de criações, alinhadas com a transformação digital. Posso admitir que não houve convicção sequer quanto ao nome: Uberlândia Medical Center. Mas, não poderia ser, no interior de Minas, “World Clinics”. Independente disso, ao final, o produto ficou melhor que o “World Clinics” porque os Deuses conspiraram. Tudo deu certo, até o imprevisto, sem improviso. O planejamento estratégico, contratado junto a organizações prestigiadas, antes de dirigir os rumos, aprendeu com a “pivotagem” e, curioso, discutiu os potenciais desdobramentos. A ideia original era óbvia: Multiplex, local em que se encontra a maioria das soluções procuradas por quem queira melhorar a saúde ou prevenir e tratar a doença. Mas o decorrer da construção agregou soluções do mundo digital, incorporadas da quarta revolução. Internet das coisas, inteligência artificial, telemedicina, teleconsulta, economia compartilhada, “market place”, co-work, robótica, etc. O complexo oferece, à saúde, o que outros setores da vida já oferecem com naturalidade, como o web check-in, o compartilhamento de serviços, acreditações, estacionamento, segurança, conforto, estética, entre outras especificidades.
A consequência natural foi a atração de profissionais diferenciados, a demandarem adicionais inovações. Como exemplo, a atração de prestigiada equipe de radiologia intervencionista de São Paulo demandou criação, não programada, da sala do futuro, que integra tomografia, ultrassom, hemodinâmica, telepresença e a robótica. Esses produtos, densos, de alcance mundial, desafiaram a comunicação com o público. Como comunicar essa complexidade, ainda desconhecida em nosso meio. Como dizer que se trata hipertrofia de próstata através de embolização arterial, em procedimento ambulatorial? Não é trivial. Essa atração de profissionais diferenciados passou a exigir e suportar algumas ousadias. Exemplo interessante foi a ressonância nuclear magnética de 3 Tesla. Não seria imprescindível a um hospital habitual. Mas fundamental para quem implementa a sala do futuro, ou um programa de tele-AV. Esse equipamento muda a capacidade diagnóstica e o prognóstico das doenças da próstata e do AVC (Acidente Vascular Cerebral). A lista de inovações é ampla, mas merece destaque a torre digital, inédita em nosso país. Ali, o médico se apresenta com seu currículo. O resto é oferecido pela estrutura. Desde a secretária, contador, sistema de registro eletrônico de pacientes, até sofisticada plataforma de teleconsulta, com economia compartilhada e telediagnóstico. Um simples clique no teclado do computador abre um leque de opções de interconsulta a especialistas. Em conclusão, um convite ao futuro, no presente. Saúde do mundo para o cidadão local. Complexo que respeita o tríplice benefício que recomenda a toda inovação ser benéfica ao usuário (não mais paciente), ao sistema de saúde e ao profissional.
Dr. Roberto Botelho, Médico Cardiologista e CEO do UMC – Uberlândia Medical Center