Pabline Queiroz | Aluna Jornalismo Esamc Uberlândia
A ALTA TECNOLOGIA NA CONTRAMÃO DAS FAKE NEWS
Quando se fala em inteligência artificial, logo pensamos em máquinas potentes que são capazes de conversar com os seres humanos e ajudar a resolver problemas que, antes, não fomos capazes de solucionar. Seria algo bem parecido com os filmes de ficção científica da década de 1980. Hoje, bancos, empresas startups e escolas utilizam da inteligência artificial para otimizar os recursos tecnológicos que já conquistamos com o passar das décadas. Com o Jornalismo não seria muito diferente essa realidade. No último evento da DT Week em Uberlândia, promovido pela Algar, o professor e doutor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Leandro Nunes, mostrou como os softwares de alta tecnologia estão envolvidos com as Fake News. Atualmente, a caça pelas notícias falsas é feita pelas agências de checagem de fatos, onde especialistas avaliam a veracidade do conteúdo publicado. Na área computacional, existe hoje a extração do conhecimento utilizando a base de dados. De um modo geral, seria classificar a notícia dando um “score” de probabilidade para que ela seja potencialmente falsa ou verdadeira. Esta extração de dados tem como característica avaliar o conteúdo da notícia em seus aspectos linguísticos, visuais e até mesmo do próprio usuário. Outro fator decisivo capaz de ajudar na avaliação das Fake News é contextualizar o ambiente social daquela notícia para saber do que está falando, quantas vezes foi compartilhada e, principalmente, como ela se espalha. O professor e autor do livro Introdução à Mineração de Dados ainda complementou: “Eu sempre defendi e vou continuar defendendo que as Fake News são, sob ponto de vista da detecção, um problema tecnológico e como problema tecnológico deve ser resolvido com mecanismos tecnológicos”. Atualmente somos capazes de gerar conteúdo muito rápido. Grupos em redes sociais ajudam a espalhar as informações falsas, isso ajuda a notícia a ganhar uma veracidade quando na verdade não tem. “É por isso que as Fake News são tão fortes, por que o grupo que tem aquele olhar, que acredita nelas (notícias falsas), querem aquela informação e isso ajuda a confirmar a própria perspectiva da pessoa”, afirma Nunes.