Joana Araújo
Vivemos em um mundo de bytes, onde os dados são muito mais valiosos do que os objetos físicos.
Dizer que a tecnologia está mudando o mundo como um todo, e transformando as formas das relações não é novidade, pois cada um de nós sentimos isso no dia a dia, e faz algum tempo. A questão é que, com bilhões de pessoas hiperconectadas entre si em uma rede global de informação sem precedentes, está claro que seguiremos neste processo de uma transformação histórica. O que precisa ser discutido é como podemos orientar nossa vida, seja no comportamento e nos negócios, para aproveitarmos ao máximo as oportunidades apresentadas por este cenário de mudanças iminentes, seja agora, assim como na próxima década.
Levamos esta discussão ao Aciub Mulher, na última reunião, lembrando que lá no final do século XVIII o vapor impulsionou a primeira revolução industrial, enquanto um século depois, a eletricidade e as linhas de montagem tornaram possível a produção em massa, e já nos anos 70, veio a terceira revolução, gerada pela automação, computadores e as redes conectadas. Agora, o que estamos vivenciando é a quarta Revolução Industrial. Nos últimos cinco anos, as empresas mais valiosas do mundo passaram a ser aquelas que trabalham com dados e ativos, e não mais com tangíveis. Vivemos em um mundo de bytes, onde os dados são muito mais valiosos do que os objetos físicos. Quando se trata de progresso tecnológico, a taxa de mudança está realmente ficando cada vez mais rápida. A cada ano, temos mais avanços tecnológicos do que tivemos no último, e uma vez que o crescimento exponencial entra em ação, as inovações podem acontecer a um ritmo incompreensível. Não estar conectado a estes processos pode fazer com que seu negócio não resista aos próximos anos.
Neste cenário atual novas empresas são criadas e se desenvolvem baseadas na tecnologia, e os pequenos podem roubar a cena, enquanto gigantes podem cair. Um grande sinal desta mudança de paradigma é o ranking de marcas mais valiosas do mundo. No topo, não estão mais a boa e velha Coca-Cola, Nike ou outros produtores de bens de consumo tangíveis. Agora quem dá as cartas são as empresas de tecnologia, como Google e Amazon, com seus serviços, soluções e novidades que encantam e conquistam usuários por todo o mundo. Para conseguir se diferenciar nesta nova economia é preciso compreendê-la. Isso não envolve apenas os indivíduos mais ligados em tecnologia, mas serve para todos que querem conseguir resultados e manter seus negócios no mercado. A necessidade de estar atento e se adequar às novidades, que surgem em uma velocidade cada vez maior, é de todos nós. Adeque-se, prepare-se e conecte-se para hoje e os próximos 10 anos.
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Joana Araújo é jornalista e analista de comunicação com experiência em assessoria pública e privada. Contato: [email protected]