Deliverys, promoções, brindes e vendas online foram alternativas adotadas para fugir do prejuízo
Após confirmar o segundo caso de Covid-19 em Uberlândia, pela Secretaria do Estado da Saúde (SES-MG), a prefeitura determinou o fechamento de parte do comércio na cidade a partir do dia 22 de março. Com exceções de farmácias, supermercados, lojas de conveniência, panificadoras, postos de combustíveis, distribuidoras de gás, entre outros locais de serviços essenciais para evitar aglomerações e conter a transmissão do vírus.
No dia 24 de abril, um novo decreto flexibilizou a abertura de outros estabelecimentos com restrições e medidas sanitárias a partir do dia 27. A Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) promoveu uma live com o promotor de justiça Fernando Martins, coordenador do Procon regional para tirar dúvidas sobre o novo decreto. Assim, na live foi esclarecido que a reabertura ocorreria com a assinatura dos comerciantes em um Termo de Reconhecimento Compartilhado de Responsabilidade. Atividades de academias e escolas seguem suspensas.
Logo no início do mês de maio, Fernando Martins afirmou que se a curva de infectados voltar a subir no município, irá recomendar ações mais restritivas ao município. “Ao piorar a situação da cidade, não só de óbitos, mas também de infectados, nós podemos recomendar novas restrições mais severas. Não descartamos essa hipótese, que dependerá das estatísticas”, explicou.
No entanto, após mais de 50 dias fechados e com a chegada dos dias das mães – uma das datas em que o comércio mais vende – as lojas procuraram outras alternativas para atender os consumidores. Diversas lojas e restaurante passaram a atender através do aplicativo Whatsapp ou pelos novos aplicativos de deliverys, em que o cliente poderá receber o seu produto sem sair de casa.
Na loja Clube Melissa do Center Shopping Uberlândia, por exemplo, o atendimento acontece pelo Whatsapp, em horários reduzidos, por onde o cliente recebe um catálogo com os produtos da loja, efetua a compra com a atendente via internet e recebe o produto entregue em casa. Além disso, a loja tem disponibilizado diversas promoções e brindes para atrair os seus clientes, “Os clientes gostam muito de mimos e brindes, então esse foi o atrativo que a gente achou para tentar acertar nas vendas e está dando tudo certo”, contou a gerente da loja, Juliana Rodrigues.
Deliverys por meio de aplicativos, vendas online através das redes sociais, como Instagram, Facebook e Whatsapp foram as alternativas mais utilizadas, além do drive-thru, isto é, efetuar a compra dentro do seu próprio carro, como fez o Uberlândia Shopping. No dia 24 de abril, a rede de Shopping disponibilizou em suas plataformas online um lista de lojas participantes, no qual o cliente poderá entrar em contato por telefone ou Whatsapp da loja para efetuar a compra de um produto e ir ao shopping para retirá-lo, sem sair do carro. O serviço é oferecido das 12h às 18h na Entrada E2.
A loja Fábrica de Encantos localizado no Uberlândia Shopping tem participado desta alternativa e contou que embora as vendas tenham diminuído, o retorno está sendo positivo com as vendas online. “Estamos otimistas, porém estaria mentindo se falasse que os resultados são os mesmos em comparação com as vendas presenciais. Com o atendimento presencial o alcance de público é muito maior, até mesmo porque com a loja localizada no shopping, há o tempo todo pessoas passando e observando. Mas, estamos tendo um retorno positivo através do atendimento online diante das circunstâncias que estamos enfrentando.”, explicou a gerente Lorena Veiga Viana.
Em uma conversa com a Revista Cult, Valéria Cruz Rezende, franqueada da Imaginarium, outra loja participante, contou que apesar de já oferecem vendas pelo site em que o cliente retira o produto na loja, os chamados Omnichannel, agora também estão efetuando o atendimento online por Whatsapp e pretendem mantê-lo após a vendas presenciais recomeçaram.
Por Communicare Jr. | Mariana Palermo