Períodos de instabilidade econômica podem ser a porta de grandes possibilidades para quem é capaz de perceber as necessidades das pessoas, tem ideias criativas, inovadoras e buscam oportunidades.
Um exemplo evidente pode ser observado no atual cenário, onde é fácil perceber que a alta do dólar e eventuais barreiras sanitárias trarão dificuldades aos turistas para viajar ao exterior, a situação possibilitará a exploração dos potenciais de negócios locais, turísticos regionais e do campo, no entanto, é preciso considerar que a exploração da atividade turística é recente no Brasil, e potencialmente concentrada em circuitos e roteiros bem divulgados.
Apesar da existência destes circuitos turísticos, quase todos os municípios brasileiros têm atrativos que formam, ou poderiam formar, outras rotas a serem exploradas pelo turismo, e, embora seja uma importante atividade econômica, abrangendo o setor de serviços, o comércio e a indústria, pouquíssimos municípios, empresas ou pessoas estão preparadas para exploração da cadeia desse negócio.
Seja por recreação, descanso, atividade física, religião, um bate e volta, gastronomia ou uma pousada rural, o turismo não deixará de existir, mas se adaptará a uma nova situação. O turista buscará atrações próximas, viagens curtas e que proporcionem grandes e satisfatórias experiências, mas para atender à demanda, o próprio mercado precisará de profissionalização e profissionais capacitados com boas práticas e atitudes. É óbvio que existem barreiras técnicas, culturais e políticas para a implantação de projetos turísticos, apesar delas, existem oportunidades de todos os tamanhos.
Paulo Roberto Orlandini.
Gestor de Projetos da Revista Cult e desenvolvedor do projeto Rota do Turista.