Especial ACIUB 87 Anos

 

GA Comunicação

Fotos Mauro Marques | Divulgação

 Novo normal: o que será, e como será, na visão de empreendedores.

Como será o ‘novo normal’ pós-pandemia da Covid-19? Quais os desafios para os empreendedores dos mais diversos segmentos e como eles enxergam o futuro? Para tentar responder estas e outras questões cruciais para este momento inédito na história, abrimos espaço nesta edição especial da Cult para diretores e associados da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia – Aciub.

Uma oportunidade para compartilhar as mais diversas visões de futuro no momento em que ainda há mais dúvidas do que certezas sobre o que se pode esperar da economia pós-crise. Ao menos um ponto há em comum: crise também é sinônimo de oportunidades para o mundo dos negócios e convidamos um grupo de empresários associados da Aciub para compartilhar conhecimentos baseados na prática do dia a dia à frente dos respectivos negócios.

Por meio de artigos e depoimentos serão apresentadas perspectivas distintas de como os empresários estão vislumbrando o futuro e se preparando para conseguir manter os negócios. São dicas preciosas de quem entende do assunto e enfrenta uma realidade totalmente inesperada com a Covid-19.

Além do presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, os vice-presidentes, representantes internacionais da Aciub, do Aciub Mulher, Aciub Jovem e dezenas de participantes dos Núcleos do Programa Empreender da Aciub, deram depoimentos falando sobre como será o ‘novo normal’ e quais janelas de oportunidades podem surgir daqui em diante.

Com os textos que seguem, empreendedores ou não, poderão entender melhor o que vem por aí e como se preparar para a pós-pandemia e seus desafios. Além disso, será apresentada também uma relação de produtos e serviços disponibilizados pela Aciub para apoiar as pessoas que têm negócios, principalmente ao micro, pequeno e médio empreendedor.

Confira este especial, faça parte da Aciub e não deixe de acessar informações atualizadas no site Aciub.com.br e também nas redes sociais da entidade no Instagram (@aciub), Facebook (aciububerlandia), YouTube (aciuboficial) e Linkedin (Aciub Uberlandia).

Este conteúdo inédito começa com a palavra do presidente da Aciub, Paulo Romes Junqueira, que faz uma análise do cenário e destaca as ações desta entidade de 87 anos de história, sempre atuando em parceria com as demais organizações empresariais representativas de Uberlândia.

Todos precisamos fazer nossa parte para prosseguir e transformar

Paulo Romes Junqueira | Presidente da Aciub

Desde março de 2020, vivemos um processo de transformações profundas e instantâneas que não estavam previstas no planejamento de nenhuma empresa e que exigiu de todos os empreendedores atitude, equilíbrio e muita determinação. No lugar de seguir os planos de expansão, criação e investimentos – caminho natural do empreendedorismo – tivemos que focar na sobrevivência diante de mudanças que afetaram de forma muito imediata o funcionamento das empresas e que já geram impactos sociais crescentes e imprevisíveis, principalmente quanto à geração de renda e oportunidades.

Vivemos a expectativa das novas medidas a cada dia, sempre na esperança de seguir com nosso negócio e provendo o trabalho a milhares de pessoas que dependem do seu salário para sobrevivência. Infelizmente, os números mostram que o desemprego é cada dia maior, assim como o número de empresas que deixam de existir.

Desde nossa primeira manifestação pela Aciub, assim como as demais junto com entidades do setor produtivo de Uberlândia, temos defendido a preservação da vida e da saúde, mas também alertado sobre a importância do emprego e economia para o equilíbrio social. Entendemos que todos, dentro de suas responsabilidades, estão atuando de forma a contribuir, mas o momento exige um esforço ainda maior. Empreendedores estão vendo sua renda despencar desde o início da pandemia e muitos que ainda estão fechados por conta de deliberações não sabem se conseguirão retornar às atividades. Precisamos de apoio dos entes do Executivo, assim como do Legislativo, para a retomada das atividades e criação de medidas que possibilitam contribuir para a recomposição das condições para que empresas possam seguir ofertando produtos e serviços, além de empregos e subsistência para as famílias.

Vale destacar que o setor produtivo de Uberlândia tem atuado de forma efetiva com a força-tarefa ‘Juntos por Uberlândia’, que também conta com apoio da comunidade, já tendo conseguido uma arrecadação de R$3 milhões utilizados em diversas ações, como a aquisição de equipamentos para hospitais públicos da cidade, EPI’s distribuídos aos profissionais de saúde, além de mais de 30 mil cestas básicas doadas para entidades que atendem à famílias em condições de vulnerabilidade. Seguimos em uma busca constante por mais doações, como parte de nossa agenda positiva e engajamento em prol do equilíbrio entre saúde e economia. Queremos construir um novo viés para esta questão e já nos colocando à disposição do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19 e do Município, inclusive oferecemos a viabilização de 75 respiradores, em fase final de aprovação pela Anvisa, disponibilização de 20 mil testes com aplicação e laudo médico para setor da indústria, comércio e serviços, disponibilização da utilização do Hospital das Acácias, por meio da Fundação Maçônica Manoel dos Santos, mobilização para arrecadação de fundos financeiros para alocação de demais insumos nas unidades de saúde e a contribuição com a divulgação, nas mídias das entidades, de campanhas de sensibilização e mobilização da sociedade na adoção das medidas de isolamento.

Além destes desafios, temos ainda em nosso dia a dia, por meio da Aciub, a missão de apoiar os empreendedores, principalmente os pequenos, para que sobrevivam e sigam com suas atividades pós-pandemia. Criamos novos programas e iniciativas, além de contribuir com informações e apoio para o acompanhamento de tantas medidas e mudanças contínuas. Também estamos apoiando na digitalização dos negócios, pois sabemos que se este processo, junto com a automação, já era uma tendência, agora é essencial para se manter no mercado. Além destes aspectos, estamos atentos ao que muitos chamam de ‘novo normal’, pois sabemos da nossa responsabilidade de unir forças com todos os empreendedores para que sigam com seus negócios e assim também contribuiremos com milhares de famílias que precisam de sua renda para sobreviver.

Enfim, estas e muitas outras ações são parte de um trabalho desafiador e contínuo, que tem mobilizado a todos, mas temos a certeza de que, assim como nós, muitos ainda podem fazer mais. Conclamo para que possamos, juntos, cuidar da sociedade de Uberlândia, salvando vidas com os cuidados da saúde e olhando para a sobrevivência, enfatiza o presidente Paulo Romes.

 

É preciso transformar, automatizar, conhecer o consumidor e buscar a excelência

Fábio Túlio Felippe | Vice-Presidente da Aciub

Nossos comportamentos, hábitos, expectativas e paradigmas foram chacoalhados e abalados com esta pandemia da Covid-19. Basta prestarmos atenção em como nos comportamos, avaliamos e vemos as coisas, que perceberemos diversos impactos. Nosso “timing”, nossa urgência, a aceitação ou não de muitas coisas, tudo foi afetado. Hoje temos um outro senso de urgência. Dentre as mudanças que já ocorreram, que estão em andamento, e tendem a acontecer, podemos destacar algumas. A primeira é o fato de que tudo que puder ser automatizado e digitalizado deve ser feito e está em andamento de forma ainda mais acelerada nestes dias, pois trata-se da única maneira das empresas ficarem mais competitivas e rápidas. Se você está pensando se deve aderir ao e-commerce, não pense mais, faça já, implante esta forma de venda que para muitos tem sido a única neste momento. O mesmo serve para aquela análise sobre um processo manual, que pode ser automatizado. Agilize e coloque em prática agora, racionalizando ao máximo seus processos.

Quando falamos assim, vem sempre aquela questão: mas vamos cortar vagas de empregos? A resposta é não, pois a tendência é que para cada vaga que se fecha no modelo antigo, se abram novas fronteiras. Tudo está muito mais dinâmico e o tão falado ‘novo normal’ significa uma nova forma de se fazer as coisas acontecerem, com tudo muito mais ágil e utilizando a tecnologia para revisar os processos e práticas. Não voltaremos àquele normal que vivíamos e estamos em processo de transformação. Temos que enxergar estes cenários como um filme e não uma foto, pois tudo está em movimento. É fundamental nos adaptarmos a mudanças que o mundo já adotou, mas, às vezes, muitos ainda estavam apenas observando, como é o caso da Inteligência Artificial, da digitalização, automação e muitas outras transformações.

Neste processo, as pessoas terão o papel essencial de humanizar, e isso é um grande diferencial, pois teremos muito mais informações sobre o comportamento do consumidor, de forma a contribuir com todo tipo de empresa. Estaremos cada vez mais cientes dos perfis e hábitos, o que permitirá personalizar de forma ainda mais intensa as experiências, dentro do que é conhecido como a ‘jornada do cliente’, garantindo cada vez mais sucesso. Essa é uma tendência forte e que gera um nível de competitividade muito alto, mas que não é absurdo, pois está dentro do nível de exigência que buscamos. Olhe ao seu redor, ninguém quer ir em um lugar e ser mal atendido, mesmo que o produto seja muito bom, assim como também não quer ser bem atendido, e ter um produto ou serviço de baixa qualidade. Temos que ter excelência em tudo. Existem muitas empresas fazendo isso, mais e melhor. Temos que ficar atentos às tendências e transformá-las em prática para deixar nossas empresas cada vez mais competitivas nesta nova realidade que muda a todo instante.

 Junto com estas transformações vêm as oportunidades, que são as mais diversas e não acontecem apenas agora. Se observarmos veremos quantos negócios diferentes existem hoje, e que não eram nem imaginados há cinco, 10, 20 anos. São vários e cada dia tem surgido mais serviços especializados para as mais diferentes áreas. É fundamental entender que o seu público não está mais apenas no seu bairro, cidade, região ou na sua convivência e relacionamento, ele está em todo o mundo, podendo ser acessado à distância. O digital deu um poder ao empreendedor que ele não tinha e agora cada um pode buscar especializações que interessem a muito mais pessoas. Talvez seus clientes possam até não se interessar em algo novo, mas pense que você tem um mundo todo a explorar e que por meio da especialização pode ganhar outros espaços, agregar um valor diferente e atender a novos públicos, seja com produtos ou serviços.

 Como exemplo desta prática, hoje existem terapeutas atendendo a brasileiros espalhados pelo mundo, via online. Eles usam o conhecimento e a bagagem cultural local para ajudar pessoas daqui que estão nos mais variados países. Existem oportunidades assim em quase todas as áreas, sendo necessário pesquisar e entender como seu negócio pode gerar alguma especialização. Esta tendência já é realidade na área de tecnologia, que há 30 anos não tinham sequer cursos acadêmicos bem estruturados, enquanto hoje tem dezenas de especializações, como em games, engenharia, fotografia, desenvolvimento de aplicativos, processos e muito mais, assim como acontece há muito mais tempo na medicina, com seus vários especialistas.

 Ao buscar uma especialização para seu negócio, lembre-se que o consumidor está cada vez mais exigente, e desta forma não é algo simples adotar esta prática. Para encontrar o caminho é fundamental observar e estudar bastante para identificar as necessidades do ser humano que não estão sendo bem atendidas e assim abrem novos espaços para você atuar. A questão é que muitas delas estão ocultas, então é preciso um olhar especial para encontrar estes direcionamentos. Ao observar o mercado poderá identificar vários negócios que surgiram desta forma. E uma dica, não foque e se inspire apenas em cases disruptivos conhecidos, como o Google, Uber, Airbnb e outros. Amplie seu olhar, pois existem oportunidades em todas as áreas para se fazer algo diferente e atender espaços com carência de atendimento e inovação.

 Fique atento, as oportunidades estão aí, muitas vezes bem perto de nós, mas não conseguimos enxergar por conta de nossos hábitos, expectativas e paradigmas, alerta Fábio Túlio.

 

Estamos vivendo um mundo novo, uma vida nova daqui pra frente

Humberto Pereira Carneiro | Vice-Presidente da Aciub

 Não teremos mais o normal, já estamos vivendo um mundo novo, uma vida nova daqui pra frente. É assim que avalio este momento e o que está por vir, sendo que a primeira coisa que precisamos entender é que este vírus não é passageiro. Ele veio para ficar. Assim, teremos que aprender a viver com ele. É muito importante que possamos fazer isso, sem pegar a parte ruim desta situação, que é o medo, e focar apenas nela. Infelizmente, muitos estão concentrados em disseminar apenas o medo, o que é um desserviço muito grande para toda a sociedade, e que afeta a convivência, os investimentos e as oportunidades. É preciso aceitar que o mundo mudou e que precisamos aprender e entender que somos parte disso.

 Infelizmente, ainda temos também um envolvimento político muito grande e com pessoas sem ética utilizando desta pandemia para monetizar e gerar benefícios próprios, o que é muito ruim. A sociedade está vendo que boa parte dos políticos não estão preocupados com quem morreu ou não, mas sim em manter o poder e o controle sobre as pessoas. Entendo que temos que trabalhar, daqui pra frente, com uma resistência muito grande em relação a isso e em prol de termos um pouco mais de segurança, sem deixar que tirem nossa liberdade. Já diziam desde muito tempo que quem dá um pouco de sua liberdade em troca de segurança não merece nenhum dos dois. Por isso estamos sofrendo e vamos sofrer o impacto destas situações.

Acredito que a grande crise, em decorrência de algumas medidas tomadas agora, virá em setembro e outubro, com a alta inadimplência e o fim das reservas, o que exigirá de nós estarmos ainda mais preparados. Temos que entender e promover mudanças, desde já, para tentar minimizar este impacto, o que inclui a forma de se trabalhar, sendo essencial manter a atividade econômica. Acredito que hoje 40% das lojas de shoppings, por exemplo, não voltarão mais às atividades e se as medidas impeditivas de funcionamento forem mantidas por mais tempo este índice poderá chegar a 60%, e este impacto será, e está sendo, ainda maior nos pequenos empreendedores. Avalio que é muito melhor e mais lógico a visão de ampliação do horário de atendimento do que a sua redução, pois com mais tempo aberto é possível evitar a concentração. Tudo está sendo feito de uma forma tão ilógica, que daí você vê a concentração nos ônibus, que é muito mais agravante.

Pensando sobre outro aspecto, o das oportunidades, elas serão muitas em diversos setores. O mercado financeiro, por exemplo, nunca esteve tão volátil como agora, mas as pessoas que sabem trabalhar e jogar este jogo, logicamente ganham muito dinheiro. Também tem novos investimentos na área de tecnologia, que vai se desenvolver ainda mais, setor de serviços como o delivery, o trabalho a distância e muitos outros. Além disso, muitas empresas terão que repensar sua área e estrutura, pois não precisarão mais de espaços tão grandes com a adoção da modalidade de trabalho em home office, que deixou de ser tendência e virou realidade. Temos que ter em mente que tudo será repensado. O fundador do Airbnb disse recentemente que uma empresa que foi construída em 12 anos foi destruída em duas ou três semanas. Isso mostra o impacto do que vivemos.

Sobre o ‘novo normal’ eu não acredito nele, mas sim em processos diferentes, em um novo caminhar. As oportunidades virão em negócios diferenciados. Para identificá-los é necessário analisar aquilo em que você vê oportunidades de te fortalecer. Todos os empreendedores terão que se reinventar. Basta olhar para trás e verá que grandes organizações já vinham se definhando. Por exemplo, alguns grandes magazines. Em outra direção, por que o Magazine Luiza tem crescido? Porque ele tem um sistema de vendas online muito similar ao da Amazon na internet, que será o ambiente de grande parte das soluções. Para quem hoje é empregado, fica o alerta de que não se pode apenas esperar o emprego fixo, pois ele provavelmente deixará de existir. Estas pessoas também precisarão inovar e estar atentas às novas oportunidades.

 A internet é um espaço que, cada dia, ganha mais importância e não podemos deixar que seja censurada, a exemplo da pressão que estamos sofrendo hoje. Isso não pode acontecer, pois se tirarem nossa liberdade não nos sobrará mais nada lá na frente. Temos que trabalhar com resistência em relação a isso. A democracia não é uma garantia, é um processo que temos de reforçar todos os dias para conquistar seu espaço e desenvolvimento.

Reforço que não tem nada melhor e mais eficiente do que o empreendedor, pois ele gera riqueza enquanto o Estado distribui. Não por acaso essa função do Estado como gestor está sendo questionada. Estamos vivendo uma revolução dele em relação ao indivíduo. Temos um país em que o Estado é grande e a economia é fraca. A nossa meta deve ser chegarmos a ser um país em que o povo é grande e o Estado pequeno. Consequentemente, a economia será forte.

Enfim, sairemos vivos de tudo isso sim, lá na frente, alguns mais machucados, outros menos. Mas, lembrem-se, a doença existe, porém o grande segredo é aprender a conviver com ela, observa Humberto Carneiro.

É hora de ampliar boas práticas e atentar-se às mudanças de comportamento do consumidor

Sérgio Tannus | Vice-Presidente da Aciub

Temos vivido dias de intensas transformações diante desta pandemia, acelerando um processo que já vinha acontecendo. A expectativa do que vem por aí é grande e tem gerado inúmeros debates. Afinal, o desafio é lidar com este momento inédito e preparar para um amanhã que será impactado com todas estas mudanças e que gera incertezas.

Fala-se muito em um novo normal, mas temos que pensar que todas estas adaptações que promovemos não surgiram do nada, na verdade elas foram intensificadas em cima de processos que já vinham acontecendo. O que temos agora é uma aceleração de questões que estavam sendo pensadas e executadas para o futuro, mas que tiveram sua aplicação ampliada por conta das necessidades de adaptação por conta deste vírus.

Temos que aproveitar este momento para observar outras questões, além das rotinas das transformações imediatas, e que podem contribuir e muito com os novos cenários. Um exemplo disso está na discussão dos biocombustíveis, que foi tema da reunião de junho do Conselho Superior do Agronegócio – Cosag, que faz parte da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, e que participo como representante da Aciub.

Especialistas participaram deste encontro e reforçaram que é preciso ter uma visão estratégica para o futuro da mobilidade no Brasil, e que é totalmente viável ter um crescimento da produção e utilização dos biocombustíveis, o que gera impacto nas questões ambientais, econômicas e até de saúde, uma vez que sua utilização pode melhorar radicalmente a qualidade do ar. Neste momento que se fala tanto em doenças respiratórias, esta alternativa gera impactos positivos. E mais uma vez ressalto, não estamos falando de algo a ser desenvolvido, pois já temos a tecnologia e sabemos como fabricar e utilizar, ou seja, precisamos é intensificar, planejar e promover sua maior utilização. Temos que aproveitar este momento não apenas para buscar novas alternativas, mas também para olhar o que já temos pronto e que pode ser ampliado gerando mais benefícios junto a todas estas transformações.

Sobre o que vem por aí e as oportunidades do que muitos estão chamando de ‘novo normal’, eu entendo que teremos uma revisão dos processos e práticas em cima dos aprendizados que estamos vivendo agora, isso em todos setores. Pegando, por exemplo, na construção civil, que é minha área de atuação, já estão sendo analisados os impactos dos longos períodos de isolamento social, imposto para combate à Covid-19, na relação das pessoas com suas casas. O que será que as pessoas irão buscar a partir de agora? Antes, a maior parte do tempo era vivido no trabalho, mas isso mudou e muitos estão há dias em home office, o que pode mudar a percepção sobre o que desejam como lar. Os cuidados amplamente difundidos pelos infectologistas também deverão gerar mudanças, com uma busca maior pela autoproteção e cuidados ao próximo, diante de novos protocolos de higiene e segurança que devem afetar a configuração dos ambientes.

Enfim, tudo isso que estamos vivendo poderá alterar sensivelmente não apenas os processos, mas também o desejo das pessoas e suas escolhas, o que deverá levar a novos modelos de habitação e de instalações corporativas, no setor da construção.

De forma geral, acredito que o que vem por aí vai sendo definido por meio da observação das mudanças comportamentais e culturais que afetam toda a humanidade, assim como a aplicação da tecnologia e dos conhecimentos já existentes e nos novos que estão em desenvolvimento. O mais importante é não ficar parado, acompanhar o que está acontecendo e estar atento a tudo, principalmente no que o público do seu negócio busca e precisa, assim que as novas oportunidades surgem, e poderão ser muitas diante destas transformações, prevê Sérgio Tannus.

 

A hora é de focar no essencial

Tomaídes Rosa | Presidente do Aciub Mulher

Neste momento de pandemia e muitas dúvidas o que não falta para todos nós, principalmente os empreendedores, são informações, pois recebemos a todo instante uma avalanche de medidas e ideias para nos adequarmos a este novo cenário. Como sempre soubemos que, em uma tomada de decisão, ter informação é fundamental, então por que estamos com tantas incertezas? A resposta é simples, é porque vivemos um momento em que tudo está incerto, não somos apenas nós. Ninguém tem a convicção necessária para apontar o melhor caminho ou a decisão acertada, pois não se sabe como será o amanhã, e daí o melhor agora é focar no essencial.

 Apesar da grande quantidade de dados, análises, previsões e expectativas, a verdade é que sabemos muito pouco diante da complexidade do todo, em uma realidade onde tudo está do avesso, em que os pilares foram abalados e muito do que era assertivo, virou duvidoso.

Neste momento precisamos elevar o nosso nível de consciência e descobrir aonde vamos nos ancorar. Para isso é fundamental entender a nossa essência, quais nossas capacidades e o que as pessoas estão buscando, e com o que podemos contribuir. É a hora de ajudar uns aos outros e o que vemos é uma busca pelo básico, pela sobrevivência. Todos querem dar conta do mínimo e necessário, para depois se redescobrirem e iniciarem uma nova guinada. Este vírus colocou todos nós no mesmo patamar da incerteza, então é fundamental enxergar o que o outro precisa de mais imediato e se ajustar para oferecer aquilo que é essencial. O que você tem capacidade para fazer e o mercado busca? Avalie e foque neste item, lembrando-se sempre que é fundamental fazer chegar às pessoas o que você tem a oferecer, pois de nada adianta ter algo útil neste instante, se as pessoas não souberem.

Enfim, diante deste momento de incertezas reforço que nós, do Aciub Mulher, estamos unidas para seguir fazendo a diferença, encontrar nossas essências e nos prepararmos para um futuro que será desafiador, mas de muitas oportunidades. Não tenho dúvidas de que tudo vai passar e que, juntas, vamos fazer muitas transformações, partindo de nossas essências, ressalta Tomaídes Rosa.

Expectativas pós-pandemia, a visão do que vem por aí

Rodrigo Braga | Presidente do Aciub Jovem

Há décadas, o poder público transfere para empresas e sociedade custos e responsabilidades indevidas. Assembleias e Câmaras Legislativas por todo o país têm se tornado depósitos de leis que oneram empresas e cidadãos. Alguns exemplos básicos são notórios, como a lei que obriga produtores de eventos e empresas de ônibus a venderem ingressos e passagens pela metade do preço para determinados grupos da sociedade.

 O cidadão está impedido de usar celular dentro de banco, pois o poder público é incapaz de lhe oferecer o mínimo de segurança. Em shoppings é inútil ter um sensor de presença para as escadas rolantes, pois a exigência é que funcionem ininterruptamente. Em algumas cidades, as academias, além de darem palestras sobre os riscos de anabolizantes todo mês, têm de ter um posto médico. Custos e mais custos. Em uma pandemia de efeito global não seria diferente.

Em Uberlândia, a Prefeitura ignorou a pandemia por meses, tomou decisões atrasadas e ignorou sua função de fiscalizar o cumprimento de seus decretos. Impondo às empresas a culpa e o mais duro golpe, proibindo suas atividades por demasiado tempo, em troca de resultados pífios no controle do número de casos, ocupação de leitos e mortes. As expectativas não são boas para um cenário que tem empresas quebradas e alta taxa de desemprego. O histórico deixa qualquer um de sobreaviso: novas taxas e novos impostos podem ser criados para recompor os orçamentos públicos, que ajudarão a manter benesses e mordomias de políticos e funcionários públicos.

Minha sugestão, se você quer começar a empreender, comece empreendendo e inovando nas eleições, em busca de uma agenda de desenvolvimento, moralidade e redução de custos, considera Rodrigo Braga.

O futuro pós Covid-19

Raquel Mohn | Country Manager da Aciub em Portugal

Há dois anos, assisti a uma palestra que dizia que, em 2030, 80% das profissões como conhecemos hoje não existiriam mais. Acredito que a pandemia da Covid-19 acelerou este processo, trazendo essa realidade já para 2020. Conseguimos perceber nitidamente essa antecipação. Várias empresas e negócios mudaram seu modo de atuar para se adaptarem aos novos tempos, correndo para fecharem parcerias estratégicas, lançando campanhas agressivas de marketing e novos modelos para o e-commerce.

A pandemia transformará não só o mercado de consumo, mas também as pessoas. Muitos apostam no crescimento do SER em contraposição ao TER. Quem entender e for mais aberto a esse conceito, sai na frente nessa evolução do ‘novo normal’.

O momento é delicado e difícil para todos, por isso é importante manter o otimismo sobre o futuro, fazer os ajustes necessários para o curto prazo, sem tirar de perspectiva o médio e longo prazo. A hora de agir e aperfeiçoar o alvo para o seu consumidor/cliente é agora. Proteger e agregar valor ao seu produto/marca, porque o branding será, mais do que nunca, vital para o sucesso, destaca Raquel Mohn.

Expectativas pós-pandemia nos EUA

Rui Sérgio Maierá | International Advisor da Aciub nos EUA

Novos casos da Covid-19 estão batendo recordes, porém o número de mortes/dia está declinando, por isso considero que os Estados Unidos já ultrapassaram o pico da pandemia e o que estamos vivendo agora é uma crise política sem precedentes na história mundial. A palavra de ordem é derrotar Trump, mesmo que para isso milhares de vítimas venham a perecer e a economia do país seja transformada em escombros. A grande mídia continua a disseminar o medo entre a população, tentando manter a quarentena em voga pelo menos até as próximas eleições em novembro.

A economia americana já está mostrando sinais de recuperação e, com exceção de alguns setores mais atingidos como o transporte aéreo, turismo internacional e bens de consumo durável, já é visível a volta do consumo e o retorno gradual à normalidade dos gastos familiares. O governo não mediu esforços para manter a renda pessoal o mais perto do normal possível, dando um auxílio de US$1,200.00 por adulto, e US$500.00 por criança, para todos os contribuintes que tiveram renda inferior a US$75,000.00 na declaração de renda do ano passado. As empresas também receberam inúmeros empréstimos com juros baixíssimos e alguns a fundo perdido.

Após qualquer período de crise prolongada, como nas guerras, emerge nos cidadãos um sentimento de ter sido dada uma segunda chance e isso cria uma explosão de energia criativa e vontade de reconstrução para a rápida volta ao desenvolvimento. Existe uma demanda reprimida para produtos e serviços e uma vontade de voltar ao trabalho e investir em novas ideias e empreendimentos. Alguns negócios terão que sofrer adaptações ou mesmo serem reinventados, mas certamente a economia não vai ficar estagnada por mais tempo e precisamos estar atentos para não perdermos as oportunidades, acentua Rui Maierá.

 

Empreender: expectativas para a pós-pandemia.

 Confira depoimentos de dezenas de empreendedores:

O Programa Empreender da Aciub reúne quase 400 empresas distribuídas em aproximadamente 30 núcleos, por áreas de atuação. Criado pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), juntamente com o Sebrae, o objetivo do Programa é promover o associativismo entre empresários de micro e pequenas empresas, que se reúnem nos chamados núcleos setoriais para tratar de questões comuns de seus negócios e desenvolver ações e estratégias visando o fortalecimento perante o mercado e geração de novas oportunidades.

Diante da pandemia, o Empreender também precisou se reorganizar e os encontros semanais ou quinzenais passaram a ser feitos por meio virtual, mas mantendo o objetivo de fortalecer seus participantes, que agora enfrentam o desafio de se manter no mercado e entender como será o “novo normal”.

 Confira os depoimentos dos representantes de alguns núcleos sobre “Como será o novo normal após a pandemia”:

Núcleo de Academias

Suzirley Tomás

“Entendemos que o novo normal será ditado por clientes mais exigentes e decididos, os quais, para estar conosco, deverão ter um atendimento mais personalizado e que atenda além das necessidades básicas, algo totalmente diferenciado e que traz valor agregado. Vemos que, cada vez mais, teremos que oferecer planos com alternativas presenciais e também online, e ainda entender que a mesmice não mais fará parte do calendário de nossos clientes. O mercado fitness terá que ser totalmente inovador”.

 

Núcleo de Agronegócios

Kelly Anderson Oliveira

“As ações são contínuas e antigas dentro do agronegócio, não começaram durante o atual momento de pandemia causada pela Covid-19 e este é um dos motivos pelo qual sempre escutamos o velho e conhecido jargão: O AGRO NÃO PARA. Temos mostrado, por meio de números, que cada vez mais há recordes atrás de recordes sendo batidos na exportação, como na colheita das commodities e em outras áreas. Com este fato, o agronegócio vem ajudando o PIB brasileiro a não ter um tombo maior do que o previsto por órgãos internacionais e nacionais. O agronegócio está se adaptando a uma nova forma de prevenção no cuidar de seus colaboradores, como nas colheitas de café, que estão acontecendo não só em Minas Gerais, mas em todo o país. Acima de tudo, a situação mostra que não podemos parar, pois somos a máquina que alimenta o mundo e, para tanto, amadurecemos com as novas tendências de negócios. Aprendemos a fazer as vendas online ou até mesmo vender direto ao consumidor final, o que vem acontecendo com alguns produtores que comercializam para programas de fomento, por exemplo, o Merenda Escolar. Nestes casos, eles se viram com dificuldades em escoar sua produção e a lição que fica e aprendemos, acima de tudo, é que precisamos continuar com os aprendizados de segurança que a pandemia nos mostrou e temos que ter a confiança que nos é depositada dia após dia para o setor do agronegócio. O Agro não para”.

Núcleo de Gestão de Pessoas

Marta Ajej

“Como estamos todos passando por esta pandemia, nosso principal comportamento adaptativo foi o de humanização. Foi preciso muita resiliência para nos reorganizarmos e adaptarmos muitas posições de trabalho com a possibilidade de atuar remotamente. Foi necessário também reinventar novas formas de produtividade e, com isso, o desenvolvimento de outras habilidades foi requerido. O trabalho em equipe, sem o líder estar fisicamente por perto, ganhou muita força. A habilidade dos profissionais de gestão de pessoas demonstrou protagonismo, principalmente quando teve que cuidar mais ainda do bem-estar e promover a saúde física e mental dos colaboradores. Não há mais espaço para o trabalho como feito anteriormente, não há ‘novo normal’, até porque não será mais ‘normal’. Outras capacidades e demandas serão requeridas, pois não temos garantia de nada e tudo será diferente. Então, acredito que as competências que terão muito valor serão a empatia, a gentileza, a criatividade e o desenvolvimento do senso de equipe”.

Núcleo de Músicos

Marco Ajej

“Na área musical, em shows e eventos, mais do que o ‘novo normal’, teremos o ‘novo diferente’. Ainda sem um horizonte claro, e talvez até mesmo sem algum horizonte, nossa área de atuação é, está sendo, e será uma das mais impactadas com esta pandemia, pois será um dos últimos setores a retornar suas atividades ou pelo menos voltar próximo do que já foi um dia. As incertezas de quando, se, e como, deixam uma ‘nuvem negra’ pairando sobre todos, pois sem público o músico não vive, e sem música, como disse Nietzsche, a vida seria um erro. O que temos pela frente é muito trabalho na inovação do futuro novo mercado, por exemplo as lives cada vez mais elaboradas que tentam proporcionar experiências e mais emoções (no que for possível), mantendo a chama musical viva e uma interação com o público o mais próximo possível. O mais importante agora para os músicos é manter o trabalho com a sua marca, sua identidade presente e o público ao seu lado, para que este ajude e participe no que der até esse novo diferente”.

Núcleo de Veterinários

Filipe Araújo

“Inove. Acho que a lição que a pandemia vai deixar após tudo se controlar é isso: mantenham-se constantemente inovando. Os setores de clínicas veterinárias e pet shops sempre buscam novas maneiras criativas de fazer a mesma coisa. Porém, não precisamos inovar apenas as tarefas dessa vez, e creio que assim será pós-pandemia, um novo normal está surgindo. É preciso, mais do que nunca, se reinventar nas relações com os clientes, entender que a necessidade deles vai além de uma consulta pro animalzinho doente, e cada vez mais estreitar estes laços de confiança”.

Núcleo de Dentistas

Dr. Luiz Cláudio Nunes Maciel

“A odontologia é uma profissão de alto risco de contaminação biológica e quanto a este tema devemos nos adequar, ou melhor, aderir aos novos protocolos de biossegurança e aos EPIs, visando a nossa proteção e a de nosso paciente, isto é um fato. Mas é fundamental estarmos atentos à saúde financeira de nossos consultórios e clínicas particulares, sendo assim devemos nos preparar para estabelecermos uma gestão adequada. Algumas dúvidas pairam sobre nossas cabeças: vale a pena manter o consultório com tantos horários vagos? Como sustentar o custo de todos os EPIs? Como gerir da melhor maneira a secretária, os parceiros, o marketing? Como calcular hora clínica? Precificação? E talvez o mais difícil, como administrar o tempo entre atendimentos e tantas outras tarefas? Diante de tantos pontos a serem considerados, podemos nos sentir perdidos. Na minha humilde opinião, o ideal é nos inserirmos em grupos de classe para evoluirmos juntos, nos cercarmos de pessoas progressistas que vivem ou viveram os mesmos problemas, entender e trocar experiências, e ir incorporando práticas melhores no nosso dia a dia. No Núcleo de Dentistas da Aciub já exercitamos esta prática e sempre buscamos ações concretas que possam ajudar a todos”.

Núcleo de Agro Pet

Paulo Roberto Rodrigues de Deus

“Muitos de nós nem sabíamos o significado da palavra Pandemia, até nos encontrarmos bem no meio dela, e todos os canais de comunicação falarem até à exaustão sobre esse assunto. Ficamos apreensivos, ansiosos e amedrontados, sem saber o que isso causaria na população e no comportamento do consumidor. Hoje, após 90 dias de isolamento social decretado em nosso país, começamos a vislumbrar o que virá a ser o novo normal no comportamento humano e seus impactos na economia. Que a venda online será muito importante e terá um crescimento destacado, nós já sabemos. Na verdade, neste momento de isolamento, isso já aconteceu. Porém, o consumidor não é somente uma “máquina de compras”, ele pensa, sente, percebe e experimenta. Falo isso, pois neste período de pandemia, o qual nos isolamos mais, sentimos que o consumidor quer estar mais próximo dos produtos, poder tocá-los e explorá-los mais do que somente as suas características e benefícios. O cliente quer ‘trocar ideia’ com alguém sobre como o objeto funciona, quer entender como a experiência do outro com o produto foi positiva e como a pessoa conseguiu absorver ao máximo a capacidade e tudo que aquele produto lhe oferecia. Enfim, acredito que a consultoria prestada pelos vendedores no ato da compra será mais valorizada e mais procurada após este período de isolamento. Isso se refletirá no movimento do comércio, implicará em mais trabalho para os vendedores e é exatamente isso que queremos”.

Núcleo de Técnicos Agrícolas e Agrônomos

Luciano Caixeta

“Para nós, do Núcleo de Técnicos Agrícolas e Agrônomos, a pandemia está nos mostrando um novo cenário que tem surgido a cada dia, com novas propostas e novos desafios. Acreditamos na força que vem do campo, uma vez que o agronegócio brasileiro não parou. Estamos plantando e colhendo todos os dias seja nas pequenas, médias ou grandes propriedades, cuidando de nossos animais e produzindo sempre os alimentos que irão para a mesa de nossa população. Creio que o pós-pandemia abrirá mais portas do que imaginamos, pois neste período aprendemos a observar um pouco mais a natureza e aprender com ela sobre seus ciclos e novas formas de produzirmos, sem agredir tanto o meio ambiente. Esperamos que ao final da pandemia fique a lição: que cuidemos melhor do planeta onde moramos, pois o agro está em constante movimento”.

Núcleo Arte das Mãos

Luciana Couto

“O novo artesão, em meio à pandemia, vai precisar pensar fora da caixinha se quiser sobreviver. Se antes tudo vinha se encaminhando para digitalização, hoje é imprescindível que o artesão esteja conectado. Sempre tive um olhar no futuro e vejo que chegou a hora de quem não teme mudanças. Por exemplo: nosso público-alvo é a família, que está reaprendendo a viver em grupo com todos em casa, uma situação que nos remete à nostalgia, coisa de vó e abraço de mãe. Cabe a nós aproveitar este pensamento, porque artesanato é lembrança e carinho, e a forma que levaremos isso para dentro das casas é nossa tarefa diária. Vivemos em um momento de incerteza e oportunidade, ganha quem souber aproveitar a segunda”.

Núcleo de Salões de Beleza

Elvis Silvaro e Franck Leão

“Engana-se quem acha que após a quarentena voltaremos ao normal, pois o vírus não sumirá tão fácil como apareceu. Portanto, temos que potencializar os atendimentos individualizados, manter cadeiras e macas, por exemplo, com superfícies impermeáveis e aprimorar a higiene de materiais, que já exigiam muitos cuidados, mas que agora deverão ser redobrados. Além disso, é necessário sempre apresentar novas formas de atender o cliente, pois nesse momento de quarentena muitos estão aprendendo a fazer trabalhos em casa. Assim, quando procuram o profissional da beleza, estão buscando um atendimento diferenciado e de alta qualidade”.

Núcleo de Contabilistas

Rodrigo Almeida

“Acreditamos que o novo normal pós-pandemia será mais pautado no fato de que todo setor econômico estará mais entrelaçado a tecnologia. Mas, que todos deverão tomar cuidados jurídicos e de proteção de dados tecnológicos para essa disrupção. Grande parte das empresas entendia que as vendas aconteciam somente no balcão da sede, agora este pensamento foi quebrado em sua maioria e as vendas não têm barreiras: podem acontecer em qualquer lugar. Devemos estar preparados para lidar com diversos tipos de perfis e sermos cada vez mais associativos às entidades de classe”.

Núcleo de Negócios Digitais

Rafael Recidive

“O novo normal será aquilo que já deveríamos considerar normal, antes mesmo do início da quarentena. Primeiro, constatamos que existem questões muito maiores do que aquilo que podemos controlar, e embora isso pareça uma conversa sobre a pandemia, tem mais a ver com a vida em todos os momentos. O que nos fazia crer que havia estabilidade? Os clientes que costumavam aparecer rotineiramente? Agora, se há o que não podemos controlar, o que podemos fazer? Aquilo que nos cabe: assumir o controle do que está sob o nosso domínio. Isso significa que, assim como não dá para aceitar que exista um negócio que não faça uma boa gestão do caixa, não dá mais para aceitar que ainda existam negócios que não são digitais, ou que pelo menos não tenham a sua presença na Internet. Todos vão acordar para isso? Pensamos que não, mas almejamos que seja o maior número de pessoas possível”.

Núcleo de Moda

Lorena Matuziro

“É o fim da era do comerciante ‘pescador’ e o início da era do comerciante ‘caçador’. Se antes todos esperavam os clientes na loja, agora precisam ir em busca deles. Mesmo após o confinamento, essa tendência deve continuar. A pandemia exigiu que todos se reinventassem para sobreviver, mas mesmo com a retomada econômica será necessário muito jogo de cintura para atender consumidores exigentes que aprenderam a consumir na internet”.

Núcleo de Pilates

Cristiane Machado, Carla Brito e Estela Rodrigues

“Estamos bastante otimistas com o nosso setor diante das perspectivas do novo normal, não só pós, mas o que já estamos vivenciando durante a pandemia. Nossos studios já estão com alta procura pelo fato de que o formato das sessões ou aulas de Pilates sempre foi de pequenos grupos, onde a higienização sistemática de cada aparelho e acessórios sempre foi realizada como rotina, e onde o instrutor, com boa formação, é capaz de levar qualquer paciente ou aluno a trabalhar todos os músculos do corpo de uma forma intensa e profunda, sem compartilhar aparelhos e acessórios, fortalecendo e alongando-os, ao mesmo tempo que corrige, de fato, a postura e ensina a respirar corretamente.

 No novo normal, este será o fator mais importante: diminuir o risco de contaminação, evitando o compartilhamento de materiais e aglomerações, e, mais do que nunca, a busca pela qualidade, o desenvolvimento da consciência e a promoção da saúde se fará necessária e estará mais valorizada.

 Um estudo divulgado pelo Correio Braziliense, no dia 18 de maio deste ano, realizado na Coreia do Sul pela Universidade de Cheonan e publicado na revista Emerging Infection Diseases, comprovou que não houve contaminação nos ambientes de Pilates e Yoga, contrastando com outras atividades pesquisadas.

Pilates já é sinônimo de valorização dos detalhes, da qualidade em todos os sentidos e de saúde, de segurança e de combate ao estresse. Nós, membros do Núcleo, estamos unidos, acima de tudo, com o objetivo de garantir a qualidade do Método, pois como em todos os setores, profissionais sem a formação adequada e a guerra de preços tem colocado em risco a credibilidade do Método.

 Qualidade tem preço e exige uma excelente formação de seus profissionais e nós, do Núcleo, oferecemos qualidade por preço justo. Então, estamos otimistas e já vivenciando essa nova realidade”.

Núcleo de Eventos

Mariana Castro, Flávia Castro, Darielli Alves, Sueli Pereira, Poliana Luisa e João Porto

“Apesar de a pandemia ter alcançado todos os setores profissionais, o Setor de Eventos foi, inegavelmente, o mais atingido. Muitas sugestões têm sido debatidas para que os eventos possam ser retomados dentro das medidas de biossegurança, porém, ainda há uma grande distância separando o concreto do abstrato. Embora para os eventos empresariais, como feiras e workshops, pareça ser viável um retorno dentro das normas sanitárias indispensáveis, para o setor de eventos privados, como casamentos e festas em geral, isso ainda parece ser uma realidade distante, visto que são eventos que lidam com sentimentos e emoções, sendo a proximidade entre as pessoas e os gestos de carinho os protagonistas da ocasião. Para estes profissionais de eventos privados, sem muito a fazer enquanto a situação pandêmica não se esvair, é imprescindível aproveitar a pausa para investirem na capacitação profissional e assim estarem preparados para as novas exigências do setor, buscando um equilíbrio físico e emocional para continuarem atendendo seus clientes com excelência, diante da nova realidade que se apresentará”.

Núcleo de Coaches

Cristina Lima, Ana Clara Dias, Aleriano Rosa e Camila Silva

“Temos uma visão clara e positiva de onde queremos chegar, e que o novo normal é fazer o básico bem feito, usando todas as ferramentas disponíveis, com o nosso algo mais. Este momento é passageiro e vamos sair dele melhores do que quando começou. Estamos disponíveis para ajudar todos que venham até nós, para juntos criarmos novas oportunidades, novas estratégias e novas conexões. Sabemos que onde há problema, há solução, e o novo normal está aí para fazer com que tiremos o melhor de nós mesmos, cada dia mais. Entender essa nova realidade é entender o Novo Consumidor, como ele pensa, o que ele fala, o que ele vê, onde ele está. Quem entender isso, estará no caminho certo. Nosso mercado nunca cresceu tanto quanto agora: empresas buscam mentorias para ajudar a criar novas possibilidades e incentivar seus colaboradores, mostrando que é o momento de entregar algo a mais. Os trabalhadores podem se preparar para novas possibilidades nas suas carreiras, incluindo, cada vez mais, tecnologia e conhecimento, pensando sempre na inovação. Sabemos que vamos passar por isso, somos uma só nação e nosso país é forte e próspero”.

Núcleo de Arquitetos e Designers de Interiores

Thamara Tannus e Lina Tannus

“Estamos passando por uma crise mundial, mas devemos nos reinventar para podermos lidar com uma nova maneira de viver e trabalhar. Sabemos que ainda iremos enfrentar uma série de imprevistos, além do Covid-19. Sendo assim, este contexto nos mostra que o segredo para sobrevivermos está na capacidade de reagirmos frente às modificações constantes em nossas vidas, sejam elas gerais ou pessoais.

 Podemos observar, durante a crise que estamos vivendo, especialmente, uma grande mudança no cotidiano. A necessidade de permanecer em casa criou um novo conceito de lar. Em outras palavras, aquele ambiente que antes era utilizado apenas como moradia, agora serve também para trabalho, maior convivência familiar e entretenimento. Diante dessa nova maneira de viver, em casa, o nosso papel de Arquitetos e Designers de Interiores é o de otimizar ainda mais estes espaços, para que as pessoas possam ter, neste novo conceito de lar, qualidade de vida, conforto e praticidade”.

 Serviços da Aciub para associados

A Aciub tem o apoio aos empreendedores em sua essência, estando sempre atenta às suas demandas e necessidades. Neste período de pandemia, além dos serviços tradicionais oferecidos, outros foram incluídos no portifólio. Confira tudo o que a Aciub oferece aos associados em aciub.com.br e conheça alguns dos destaques para este período:

  Aciub Responde: um canal no site da Aciub para empreendedores – associados ou não – enviarem suas dúvidas sobre temas variados relacionados ao dia a dia e obter respostas por meio de especialistas parceiros da Aciub.

Orientação ao Crédito: serviço de orientação aos associados sobre linhas de crédito disponíveis, incluindo parcerias como a da Aciub com o BDMG.Catálogo de Ofertas e Oportunidades: novo canal em que associados podem entrar com uma promoção mensal e as principais necessidades de produtos e serviços. Um espaço para gerar oportunidades de negócios.

Empreender: com seus vários núcleos de apoio ao micro e pequeno empresário, que segue com as reuniões e atividades online.

– Núcleo de Negócios Digitais do Empreender: permite a troca de experiência com quem é do ramo. É possível participar de uma das reuniões, mesmo antes de se associar, além de informar os contatos do Empreender para os interessados.

– Soluções Digitais e Incentivo a Vendas Online: uma parceria com o Sebrae para apoiar a digitalização das empresas, como a gestão de redes sociais, o que impacta no impulsionamento nas vendas via contato por meio dos novos canais.

 Outros Serviços:

Aciub Energia Renovável

Aciub Auxílio Funeral

Aciub Tributos

Aciub Capacitações

Aciub Crédito

Aciub Saúde Médico

Aciub Proteção ao Crédito

Aciub Estágios

Aciub Salas

Aciub Saúde Odonto

ACIUB – Associação Comercial e Industrial de Uberlândia.

Um resumo desta entidade de 87 anos.

Fundação: 15 de outubro de 1933

Associados: aproximadamente 2 mil

Colaboradores: 30

Presidentes desde a fundação: 43

Benefícios para associados: capacitações, certificação digital (incluindo opção online), seguros de saúde e previdência, consultorias empresariais, orientação ao crédito, análise de perfil profissional, serviços de apoio em saúde, consultoria tributária, espaços para reuniões e eventos, canais de informação, além da força da entidade junto à sociedade e ao poder público.

 Conselhos e Programas

Aciub Jovem: Conselho ligado à diretoria da Aciub que representa e inspira os jovens empresários de Uberlândia e suas empresas.

Aciub Mulher: Conselho que reúne várias lideranças femininas que, juntas, promovem ações inovadoras para incentivar e apoiar a participação da mulher em diversas atividades econômicas.

Fade – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Empresarial: Tem como objetivos principais promover, exercer e apoiar o desenvolvimento da educação, apoiar e promover a prática do empreendedorismo, promover o desenvolvimento da indústria, do comércio, da prestação de serviços, do emprego, do crédito e da renda.

Programa Empreender: Aciub desenvolve em Uberlândia este programa da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), com o Sebrae, que visa o fortalecimento das micro e pequenas empresas, ao reunir empresários de um mesmo município nos chamados núcleos setoriais. São mais de 400 empresas que participam de 30 núcleos.

Programa Empreender: A Aciub desenvolve em Uberlândia este programa da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), com o Sebrae, que visa o fortalecimento das micro e pequenas empresas, ao reunir empresários de um mesmo município nos chamados núcleos setoriais. São mais de 300 empresas que participam de 30 núcleos.

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