A Universidade Federal de Uberlândia já é normalmente lar de inúmeras pesquisas nas mais diversas áreas de conhecimento, mas o que está sendo feito os tempos atuais?
Entre os meses de maio e junho ocorreu o “Desafio Inovação UFU Covid-19”, que premiou ideias promissoras para contribuir na luta contra o coronavírus. As 43 propostas inscritas abordaram áreas como a prevenção, diagnóstico e/ou tratamento do vírus e também o desenvolvimento e promoção da qualidade de vida da população durante o período de quarentena em meio à pandemia.
As propostas concorreram em três categorias: ‘Discentes da Graduação’, ‘Discentes da Pós-Graduação’ e ‘Profissional (Docentes e Técnicos)’, com uma vencedora em cada. Durante a divulgação dos resultados foi ressaltado a importância do prêmio como incentivo à inovação e pesquisa na universidade, assim como valorização dos profissionais e alunos, demonstrando como a ciência está do lado da saúde, desenvolvimento e qualidade de vida.
Na categoria para estudantes da graduação, a proposta vencedora foi “Automação da aferição de variáveis e sinais corporais de pacientes para monitoramento e previsão do quadro hospitalar”, reduzindo o contato entre profissionais da saúde e pacientes infectados, dos alunos Arthur Borges e Ygor Seiji, ambos da área de computação.
Em entrevista para Amanda Marques, do portal ComunicaUFU, Arthur Borges explica que, com o aparelho eletrônico proposto e sistema integrado com o armazenamento e disponibilização de dados, pretendem “proteger os profissionais da saúde e evitar que o sistema de saúde entre em colapso”. Em um cenário pós-pandêmico, o produto manteria sua relevância no tratamento de doença altamente transmissíveis e que requeiram isolamento, complementando a rotina pesada de um hospital ou centro de tratamento.
Já na categoria com estudantes da pós-graduação, a ganhadora foi Léia Cardoso de Sousa, doutoranda em Ciências da Saúde, com o projeto “Sistemas Nanoestruturados de Liberação Oral Sustentada para Profilaxia contra o COVID-19 e redução da transmissão do SARS-COV-2”. A pesquisa foca em estudar biomoléculas específicas que podem desativar o vírus e reduzir a contaminação em ambientes públicos.
A pesquisadora afirmou que as propriedades dos produtos em desenvolvimentos podem ajudar não apenas na contenção de transmissão do vírus, mas também como medida de prevenção para profissionais essenciais que estão sendo expostos constantemente e pessoas no grupo de risco.
Na categoria profissional, que envolvia técnicos e docentes, o vencedor foi o professor de medicina Thulio Marquez Cunha, com o projeto “Plataforma Diagnóstica Fotônica com Inteligência Artificial para COVID-19: Alto-rendimento, Portabilidade e Sustentabilidade”, que tem como objetivo expandir a testagem do coronavírus, reduzindo o custo e aumentando a velocidade do resultado, auxiliando no controle do avanço da contaminação.
Devido ao contexto atual, o produto foi desenvolvido em tempo recorde com a ajuda de uma equipe de mais de 20 pesquisadores e investimentos públicos e privados. O teste usa a saliva para identificar a presença do vírus e promete grande eficácia. Além disso, a plataforma não é exclusiva para o coronavírus, uma vez que dados de outros tipos de doenças já foram arquivados e a tecnologia desenvolvida poderá ser usada para a detecção das mesmas.
O prêmio foi promovido pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Graduação, da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e da Diretoria de Comunicação Social, e os primeiros colocados de cada categoria receberam acesso ao Programa de Incubação no CIAM da UFU, troféu e apoio para participação em eventos relacionados.
Por Communicare Jr. | Gabriela Pina