Diante do crescimento acentuado da plataforma chinesa e das discussões a respeito da sua proibição nos EUA, a rede Facebook Inc. surpreende os usuários com o lançamento de ferramenta semelhante

Para aqueles que ainda não conhecem, o TikTok é um aplicativo desenvolvido na China em 2016 e desde o ano passado está ganhando uma popularidade exponencial. A possibilidade da criação de vídeos curtos de entretenimento, a interface limpa e os vários meios de interação foram alguns dos motivos que levaram a plataforma a conquistar o público jovem. O gigante Instagram não hesitou em lançar uma ferramenta muito semelhante no último mês, gerando grande repercussão nas redes sociais.
A pandemia do novo coronavírus foi um fator fundamental para o aumento considerável no uso das redes sociais ao redor do mundo. Segundo um comunicado feito pelo Facebook no final de abril, as empresas da rede (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) apresentaram um aumento de 11% no tráfego mensal, em relação ao ano anterior, registrando o maior índice de sua história. Com o TikTok não foi diferente, que se consolidou como aplicativo mais baixado já no primeiro trimestre do ano, de acordo com a Sensor Tower, ultrapassando a receita de grandes apps como o Youtube.
A plataforma Reels foi anunciada no dia 23 de junho e lançado oficialmente em 5 de agosto, tempo suficiente para que a discussão a respeito da sua similaridade com a dinâmica do TikTok tomasse conta das redes sociais. A duas empresas chegaram a interagir em redes como o Twitter e alcançaram os trending topics, satirizando a nova estratégia do Instagram para unir suas ferramentas já existentes ao novo sucesso.
No entanto, a briga de gigantes não permanece somente no campo virtual, tangenciando também um panorâma político. A discussão iniciou-se em julho, com o início das movimentações do governo norte-americano para promover a proibição da aplicativo chinês em seu território e tornou-se ainda mais efetiva com um pronunciamento de Donald Trump em 1 de agosto. Com a certeza da proibição dada pelo presidente no início do mês, grandes criadores de conteúdo da plataforma se manifestaram em defesa a manutenção, como Charli D’Amelio, detentora do número recorde de seguidores, 79 milhões.

O aplicativo ainda continua no ar e os usuários ainda aguardam pelos próximos capítulos, no entanto, muitos já realizaram comunicados aos fãs para que sejam transferidos para o Instagram, no caso de um possível fechamento das contas. Diante disso, o banimento do TikTok no Estados Unidos, seu segundo maior mercado, segundo a Sensor Tower, pode significar uma grande oportunidade para alavancar o sucesso do recente Reels e colocá-lo como novo protagonista no segmento. E você, o que acha?
Por Communicare Jr. | Luísa Cardoso