As doenças cardiovasculares representam um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil e no mundo, com a obesidade, o diabetes, a hipertensão arterial e o colesterol elevado desempenhando um papel significativo em sua gênese. Para combater essas condições e reduzir os riscos associados, as Diretrizes Nacionais e Internacionais estabelecem metas terapêuticas a serem alcançadas no tratamento dessas comorbidades. No entanto, existem obstáculos que dificultam a efetiva otimização da prevenção cardiovascular. Um desses obstáculos é a “inércia terapêutica”. Esse termo se refere à relutância ou hesitação por parte de alguns médicos em intensificar o tratamento de pacientes que não alcançaram as metas de controle estabelecidas. Isso pode ocorrer por diversos motivos, incluindo falta de tempo durante as consultas, preocupações com efeitos colaterais dos medicamentos ou até mesmo uma abordagem mais passiva em relação à gestão dessas condições.