Laura Lany – Estudante de Jornalismo
A moda vem se reinventando através de ações socioambientais e sustentáveis.
A economia colaborativa trata-se de bens e serviços que se baseiam em compartilhamento de produtos, em vez de apenas realizar uma nova compra. De acordo com pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em 2019, mais de 80% das pessoas começaram a optar por práticas de consumo colaborativo em suas rotinas. Esse mercado movimenta anualmente US$ 15 bilhões em todo o mundo, segundo levantamento da consultoria britânica PWC. O mercado da moda não fica longe dessa tendência, um relatório divulgado pelo Barclays “Green is the new black”, com ações sustentáveis a indústria da moda pode gerar cerca de 120 bilhões de euros. O ciclo do consumo faz com que a compra de roupas e acessórios seja cada vez mais frequente, consequentemente a compra de peças que não serão mais usadas ou que serão descartadas em seguida. Diante disso, o compartilhamento de acessórios, peças de roupas e sapatos faz com que o consumo diminua e conscientize pessoas a reaproveitarem as mesmas peças, que as novas sairiam mais caras e no futuro seria um descarte “a mais”. Com a missão de tornar o consumo dentro do mercado da moda mais sustentável e acessível, o surgimento de marcas com esse pensamento está crescendo.
Closet compartilhado
Em Uberlândia, a Schoenbags traz um closet compartilhado de peças de luxo que vai de sapatos, bolsas, lenços a óculos de sol. A proposta vai além, por buscar o empoderamento feminino através da utilização dessas peças por todas as mulheres. Com o intuito de encorajar e empoderar cada mulher que queira ter uma peça dos seus sonhos sem gastar muito com isso e ainda ajudar em seu controle financeiro, a marca traz diversas opções de produtos para alugar em momentos que ela mesma pode escolher junto ao período de utilização. A Ceo, Jeniffer Garcia, trouxe um novo modelo de negócio no ramo da moda para dentro da cidade. Garcia revela que o seu desejo é que essa proposta traga para a mulher a sensação de pertencimento e poder. “Além de ajudar a mulher a ter controle e autonomia sobre o seu próprio dinheiro, que ela consiga diversificar seu closet e ao mesmo tempo economizar. Não é preciso mais descapitalizar para ter acesso ao closet dos sonhos”, acentua.