Ana Maria Lahor
Fotos Arquivo Pessoal
A dificuldade é o que desperta o
gênio que existe latente em cada um.
Antifragilidade! Este é um tema instigante e bem propício para o contexto que estamos vivendo. Depois de ler isto, provavelmente acontecerá uma espécie de starts em você para algumas formas de pensamento e atitudes novas. Enquanto a resiliência propõe resistir aos impactos, permanecendo da mesma forma, a antifragilidade faz com que possamos sair melhores e mais desenvolvidos de uma situação de adversidade. Formando uma tríade com os conceitos de fragilidade, robustez e antifragilidade, pense em três exemplos muito conhecidos, que deixam ainda mais claros o que quero dizer:
Fragilidade: A Espada de Dâmocles. Nesta narrativa, a espada exprimiu um efeito colateral do poder e do sucesso para mostrar que não se sobe ao poder sem antes enfrentar certas doses de perigo. Hoje em dia, pelo momento em que estamos vivendo, a fragilidade tem sido observada em grande parte das organizações, mostrando que não estavam preparadas para tempos de escassez ou de necessária ressignificação.
Robusto: Fênix. Este pássaro milenar, quando se vê em decadência ou próximo da morte, se isola e ressurge das cinzas, se renovando, porém da mesma forma que foi antes, isto é, sem evolução.
Antifragilidade: Hidra. Esta serpente mitológica tinha muitas cabeças e sempre que uma delas era cortada, duas nasciam no lugar. A tecnologia, por exemplo é um resultado da antifragilidade, já que por meio dela é possível explorar ao máximo os recursos, assumindo riscos sob a forma de ajustes e de tentativa e erro, como por exemplo, Steve Jobs, Bill Gates, Elon Musk e Cristina Arcangeli. À medida que o mundo moderno evolui em conhecimentos tecnológicos, também se torna mais imprevisível e passível de tornar-se um Cisne Negro, ou seja, vítima de eventos imprevisíveis e irregulares em larga escala, com grandes consequências.
É bem neste contexto que entra a antifragilidade, já que ela não é apenas um remédio para a síndrome do Cisne Negro, ela nos torna menos temerosos em aceitar o papel destes acontecimentos como necessários para a história. Precisamos nos curar da cegueira ao que é misterioso e deixar de lado as características fragilistas, seja de nossas empresas, de nosso governo, do mundo financeiro ou de nossas próprias vidas. A dificuldade é o que desperta o gênio que existe latente em cada um, responsável por tornar novo aquilo que era velho e dar um novo sentido para aquela história que todo mundo já previa o final. Antifragilidade: Desafie-se, e saia ainda melhor!
Crédito
Ana Maria Lahor é publicitária, proprietária da Soul Inteligência Criativa e docente na área de Comunicação e Marketing.