MUNDO CULT
Laura Lany
Fotos Arquivo Pessoal | Divulgação
Ibovespa volta aos 100 mil pontos depois de seu menor nível causado pelo Coronavírus.
Após quatro meses – desde o anúncio da pandemia do novo Coronavírus feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) – abaixo dos 100 mil pontos, a Bolsa de Valores (Bovespa) retorna em alta fechando o pregão do dia 9 de julho com um aumento de 0,88% aos 100.031 pontos. Em 2019, o Índice Ibovespa passou por uma série de recordes e iniciou o ano de 2020 alcançando a máxima histórica de 119.527 mil pontos. Naquele cenário, existia um fluxo de compra de ativos por investidores estrangeiros em busca de ações prestigiadas. Neste período, a procura em especial era por bancos que apresentaram bons resultados. Ainda no começo de 2020, a China já havia anunciado a existência de um vírus com alto potencial de contágio e certa letalidade através de pneumonia. Devido à euforia vivida pelo mercado naquele momento, as bolsas mundiais pouco deram importância aos avisos dados pelo Oriente, respaldados nos relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, a conta chegou. O mês de março foi marcado por uma queda de 45,77% no índice Bovespa, chegando o mesmo a tocar a mínima de 61.690 pontos. A partir daí, o momento da Bolsa em 2020, que parecia incerto, deu lugar a muito otimismo dentro do mercado financeiro. A taxa básica de juros está na sua mínima histórica em 2,0% ao ano, nona vez que a Selic sofre mais uma redução, levando investidores a mudarem da Renda Fixa – que está entregando rendimentos próximos a zero – para a Renda Variável. Um dos motivos desta série de altas está ligada a baixa taxa de juros, as notícias positivas sobre tratamentos e vacinas para combater o Coronavírus que estão sendo desenvolvidas ao redor do mundo e também ao pacote de auxílio fiscal anunciado pelo governo dos Estados Unidos. Além disso, os números de atividades da China, Estados Unidos e Europa apresentam dados positivos, trazendo fôlego para o mercado com uma esperança de recuperação da economia mais rápida do que o esperado.
É o momento certo de investir em Renda Variável?
Para Lenon Viegas, assessor de investimentos da Chronos Investimentos, é um excelente momento para investir em Renda Variável. “O fluxo financeiro de entrada na Bolsa tem sido muito grande devido às sucessivas quedas na taxa de juros”, explica Viegas. Os investidores estão buscando outras alternativas fora da Renda Fixa e a Bolsa de Valores tem sido a melhor opção. Lenon acrescenta que os riscos da crise política diminuíram bastante e a tendência de retomada da economia tem sido positiva com a aceleração dos estudos sobre tratamentos e vacinas para a Covid-19.
Como começar a investir em ações?
As ações são caracterizadas como pequenas partes de uma empresa, assim, a partir do momento em que é feita a compra de um papel de qualquer organização, você se torna sócio dela. Para começar a investir há três pontos importantes para iniciar com segurança. É essencial que você tenha um planejamento financeiro para que futuramente você não fique na mão. É necessário entender que um investimento de renda variável possui riscos e uma grande volatilidade, porém as chances de um investidor obter maiores rentabilidades também aumentam. O segundo ponto é você entender qual o seu perfil de investidor, cada pessoa possui um apetite ao risco e um objetivo com os seus investimentos, por isso é muito importante entender o que irá fazer diferença para você a curto, médio ou longo prazo. E, por último, é indispensável diversificação dos seus investimentos. Você pode ser um investidor conservador, com 100% do seu capital aplicado em algum CDB, mas que gostaria de utilizar 10% deste valor em ações na Bolsa de Valores para entender como vai se portar nessa modalidade. No caso, você consegue ter a segurança da Renda Fixa e também uma rentabilidade maior dentro da Renda Variável.
Laura Lany está concluindo o Curso de Jornalismo na Esamc Uberlândia.