Mais inovações no combate à Covid-19

Nossa “nova realidade” demanda adaptações e invenções em quase todos os campos da nossa vida e o mundo não parou diante deste desafio

A pandemia continua avançando em todo o mundo – embora em alguns lugares mais que outros -, mas cientistas e pesquisadores estão a todo vapor, desenvolvendo inovações científicas e tecnológicas voltadas para o retorno da normalidade ou pelo menos parte dela. 

No início da quarentena, o objetivo maior era facilitar que coisas cotidianas pudessem ser transferidas do presencial para o remoto. Agora, momento no qual os primeiros resultados de estudos de combate direto começaram a aparecer, foram introduzidas várias inovações, de múltiplas áreas da sociedade.

Começando pelo básico da adaptação, há alguns meses que serviços como atendimento virtual ao cliente precisaram ser aprimorados e otimizados para atender a demanda da situação, mas o surgimento de atendimento virtual ao paciente mostra os avanços e mudanças que fomos obrigados a encarar. De fato, consultas médicas por videochamadas se tornaram tão importantes para a continuidade de acompanhamento especializado (principalmente em relação à saúde mental) e controle da disseminação do vírus que o Conselho Federal de Medicina liberaram durante o período incerto no qual atravessamos.

Outra inovação relevante no campo da saúde, que tem sido aplicada desde o início do combate à pandemia, foi o cruzamento de dados, sobretudo a partir de unidades de saúde, rastreando áreas de possíveis contaminações e até mesmo indivíduos em específico que deveriam ser isolados para evitar uma maior disseminação. Até mesmo os serviços de delivery sofreram alterações, com empresas e profissionais tomando iniciativas para realizar o serviço de entrega respeitando ao máximo as orientações sanitárias e, em alguns casos, torná-los automáticos.

Automatização, de fato, é uma das palavras do momento. Algumas das áreas que se mostraram fortes, tanto no conflito direto contra o vírus, quanto na hora de lidar com as consequências ou “efeitos colaterais”, foram a inteligência artificial e a robótica. Desde a criação de softwares dos mais variados para ajudar durante a crise até drones faxineiros e robôs realizadores de tarefas para pessoas contaminadas.

Por conta do distanciamento popular e também dificuldade em fechar completamente os municípios, uma das inovações que receberam atenção e investimento foram as máscaras. Com efeito, alguns pesquisadores de diferentes países estudaram maneiras de torná-las mais eficientes possível, o que parece que uma parceria entre empresas e centros científicos e acadêmicos de Portugal conseguiu. O tecido criado por eles inativa até 99% do vírus e pode durar por muitas lavagens. A máscara se chama MOxAd-Tech e disponível para compra na internet.

Porém, o Brasil não fica atrás quando se trata de tais inovações. Um tecido semelhante foi desenvolvido em São Paulo, por meio de parcerias privadas com instituições públicas, apresentando um resultado de inativação de 99,9% da quantidade do vírus em 2 minutos. Esperando o patenteamento, há planos que seja aplicado em máscaras, roupas hospitalares e outros objetos necessários. Deveras, o Brasil tem mostrado muitos pontos positivos ligados à pesquisadores e suas pesquisas, apesar da falta de incentivo.

O Brasil foi pioneiro no sequenciamento do vírus, o que permitiu o começo das pesquisas. Além disso, houve o desenvolvimento de testes rápidos em algumas universidades do país, com opções econômicas em comparação aos testes importados. Em sintonia, foi desenvolvido uma versão de ventiladores pulmonares, essenciais no tratamento da Covid, com um custo abaixo do que era visto até o momento. Nosso sistema público de saúde lançou um aplicativo de triagem para desafogar as unidades de saúde e impedir pessoas saudáveis de ficarem doentes.

Por todo o país e todo o mundo há diversas pessoas e organizações tentando contribuir para um mundo melhor e a contenção da pandemia. A Ciência faz a sua parte, enquanto só nos resta fazermos a nossa, em um esforço conjunto para chegarmos ao fim da pandemia no país.

Por Communicare Jr. | Gabriela Pina

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