Sem crise para o mercado de luxo

MUNDO CULT

Alitéia Milagre e Fernanda Violin | Serifa Comunicação
Fotos Divulgação

Brasil poderá recuperar, em 2021, o posto  de maior mercado de luxo da América Latina.


O luxo é um mercado menos suscetível a crises. Um estudo inédito da Euromonitor, divulgado pelo grupo especializado em luxo LuxuryLab, mostra que a projeção é que o mercado de luxo tenha alta de mais de 20% no Brasil até 2023 ou na faixa dos 4% ao ano. Se esta previsão se consolidar, o Brasil deve recuperar em 2021 o posto de maior mercado de luxo da América Latina. Atualmente, a Ásia é uma das principais consumidoras de produtos de luxo no mundo. Até 2025, a base de clientes premium aumentará para 450 milhões, devido à crescente classe média, principalmente da Ásia.
Um dos itens que impulsionam o mercado de luxo no Brasil é a venda de automóveis premium. Segundo a Urca Prime – Jaguar Land Rover, que está há dois anos em Uberlândia, no acumulado de 2020 (janeiro a setembro), a marca premium com maior participação de mercado é a BMW com 29,48% de market share, seguido da Jaguar Land Rover que soma 19,83%. Ainda nesse período, foram emplacados 291 veículos considerados marca premium (Jaguar, Land Rover, BMW, Mercedes-Benz, Audi, Volvo, Porsche, Lexus), frente aos 277 de janeiro a setembro de 2019. “Mesmo com as dificuldades enfrentadas face à pandemia, o mercado de carros premium cresceu mais de 5% em volume de vendas”, o gerente comercial da Urca Prime, Rodrigo Naves de Oliveira.

Só para se ter uma ideia, ele conta que de janeiro a setembro, a operação cresceu 10% se comparado ao mesmo período de 2019, razões estas impulsionadas pela queda da Selic, que estimulou o dinheiro sair de aplicações e voltar ao mercado e também ao agronegócio, que teve valorização em quase toda a sua cadeia. “E isto nos beneficia por ser um setor que impacta o nosso negócio devido nossa área de atuação. Além disso, tivemos lançamentos de produtos nesse intervalo de tempo como a Discovery Sport e Range Rover Evoque, veículos que puxam nosso volume”, ressalta Rodrigo.
O veículo 0 km da Jaguar Land Rover mais vendido é a Discovery Sport e o mais caro da marca é a Range Rover SVA LWB, que tem como preço público R$ 1.377.950,00, podendo variar de acordo com a composição de opcionais. Outra marca de grande representatividade no mercado é a Mercedes. Seus modelos de maior participação de mercado são o SUV e SUV compacto. Entre os sucessos de vendas estão GLA, GLC na versão diesel, além dos sedans, como A 200 e os tradicionais Classe C. “O veículo mais vendido da Mercedes é o A 200 Sedan. Já da linha Mercedes que vem para Brasil o mais caro é o AMG GT R Pro, um carro de corrida, mas refeito para andar nas estradas do Brasil, no valor de pouco mais de R$ 2 milhões, feito sob encomenda”, afirma Rafael Sartori, gerente geral na Mercedes em Uberlândia.

Ele disse que com a chegada da pandemia, a principal mudança detectada foi que os clientes estão preferindo fazer pesquisa sobre modelos pela internet e se dirigir ao show room para fazer o test drive e fechamento de venda. “A pandemia impactou o cenário econômico, mas no segmento premium houve uma inversão. Com a diminuição de viagens e festas, os clientes têm optado por investir em carros novos para passear com a família. Esperamos que em 2021, o mercado continue reagindo positivamente e que voltemos a um patamar superior a 2019. Acreditamos muito no mercado premium, em franco crescimento. Com os novos lançamentos, tenho certeza que será ano de bastante vendas e muito sucesso”, ressalta Sartori.
Quem também fez um panorama nesse mercado premium foi o gerente comercial da Euroville em Uberlândia, José Carlos Chagas.

Ele explica que depois do mês de abril de 2020, a Euroville teve um aumento nas vendas de BMW Autos zero km e também nos usados na ordem de 20%. Já em motos BMW zero km este aumento foi ainda maior, na ordem dos 50%. “Alguns motivos combinados geraram um expressivo aumento nas vendas do segmento premium, a exemplo dos juros baixos, que viabilizaram o financiamento dos veículos, a taxa Selic muito baixa, apesar do aumento do dólar, os veículos mantiveram seus preços bem posicionados, e também percebemos que nesse momento muitos clientes resolveram realizar e antecipar a realização de seus sonhos e objetivos”, frisa. Chagas conta que os destaques em vendas na região foram o BMW Série 3 e também o BMW X1. As motos que tiveram maior saída foram os modelos BMW F850GS e R1250GS. “A BMW também está num momento muito feliz com vários produtos em destaque, uma grande opção de modelos para nossos clientes, e também vários lançamentos com tecnologia híbrida, veículos elétricos e a combustão”.

Vinhos
O consumo sofisticado se estende também aos vinhos. Segundo a diretora executiva na VL IMPORT, Ana Karime Santana, a empresa nasceu pela paixão que tem por Portugal e seus blends únicos. “Abrimos em fevereiro deste ano. Com a pandemia foi preciso buscar outro modelo de negócio.

Antecipamos o projeto de e-commerce e temos tido bons resultados”. Ela revela que nos dois últimos meses teve um aumento de 150% com relação ao primeiro semestre de 2020. “O mercado vem recebendo muito bem nossos rótulos, importados de Portugal. Todos são exclusivos no Brasil, e como 2020 foi um ano atípico, temos boas expectativas para 2021. Em 2020 plantamos muitas sementes boas e acreditamos que irão dar bons resultados em 2021”, enfatiza.

Quem também atua neste segmento é o empresário Breno Merola, diretor da Viva Vino, um bar e loja de vinhos, espumantes, queijos artesanais e cachaças finas. No estoque do ‘wine bar’, a maioria dos rótulos é da Argentina, Chile, Portugal e Brasil. “Os mais caros na loja estão entre R$ 500 e R$ 600, mas isso não nos impede de vender vinhos mais caros, hoje, feito sob encomenda”. Breno explica que o que gera essa ideia de luxo é o glamour que vem na forma de servir, das taças utilizadas e garrafas premiadas. “Mas, quando abrimos o wine bar, nossa ideia foi democratizar e mostrar que o vinho pode ser acessível a todos, mesmo porque tem vinho de todo o preço”, salienta. A demanda pelo importado é bem maior, porém ele explica que incentiva a degustação do vinho brasileiro para que as pessoas conheçam e valorizem o produto brasileiro. “Quanto mais as pessoas consumirem o vinho brasileiro, melhor será o preço”. Apesar do momento de pandemia, com fechamento dos serviços, as pessoas passaram a beber mais em casa. “O consumo de vinho foi fantástico. Há registro de que a venda cresceu na casa de 70%. Para nós foi surpreendente e esperamos que mantenha assim”, comemora Breno Merola.

Imóveis de alto padrão
O mercado imobiliário de luxo também apresenta forte expansão, independente dos indicadores econômicos. Um exemplo disso é o lançamento do Arven, com 29 unidades de 346 m² cada e uma cobertura duplex de 696 m², da Brasal Incorporações, que já tem apartamentos reservados. Com ticket médio do apartamento estimado em R$ 2,5 milhões, o Arven será construído na região Sul, uma área nobre, cercada de facilidades como saúde, educação, alimentação, comércio e shopping. Sem dúvida, uma região de acesso a vias rápidas e de valorização ascendente, que já recebeu outros dois empreendimentos da marca: o Triad e o Sense. Neste contexto, o Arven volta sua atenção para os consumidores da classe A+, dispostos a pagar mais por um produto premium. “Independente do momento de vida e da formação familiar, esse público é extremamente exigente e valoriza amplo espaço, conforto, localização privilegiada, alto padrão de acabamento e lazer completo”, diz Gustavo Cavalcante, gerente comercial da filial Uberlândia.

De acordo com o diretor da filial Brasal Uberlândia, Guilherme Sacramento, o Arven traz este conceito exclusivo de alto padrão pensado para torná-lo único, com fachada de design híbrido, quadra de tênis, piscina climatizada adulto e infantil, academia com 155m², espaço kids, dois espaços gourmet, churrasqueira na área comum, sala de reuniões, sauna/descanso e playground. “Sabemos que existe demanda para este segmento. Desde que chegamos na cidade, muitos clientes nos procuraram em busca desde tipo de produto que oferece segurança, conforto, bem-estar e muito valor agregado. E vamos deixar este legado para a cidade, oferecendo aos moradores um conceito inédito e exclusivo”, destaca Sacramento.

Tendências antecipadas
De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas para o mercado imobiliário de luxo crescem a um ritmo de 20% ao ano no Brasil. “A construção do Arven reforça a expansão do setor de luxo do mercado imobiliário. O que mais atrai investimentos à indústria dos imóveis de luxo é o potencial de agregar valor ao empreendimento e foi o que fizemos ao pensar neste projeto”, afirma Guilherme. Ainda de acordo com a Abrainc, a pandemia antecipou algumas tendências, como oferecer nos empreendimentos imobiliários espaços mais conectados, coworkings, transformação de portarias em terminais de logística e a valorização de áreas verdes. A Brasal, à frente do seu tempo, já há algum tempo, entrega em seus empreendimentos espaços multiusos e também com conectividade e automação. “O consumidor quer morar em um lugar privilegiado e que tenha a certeza da valorização de mercado deste imóvel, além de qualidade de vida, segurança, praticidade, economia e sustentabilidade. O Arven tem tudo isso”, ressalta Guilherme.

Aliado a esse perfil de consumidor que busca por imóveis verticais mais luxuosos com áreas de lazer, para trabalho, que tenham características de casa, outro fator que tem favorecido as construtoras que trabalham com esse nicho de negócio é a taxa Selic. Com os percentuais mais baixos, deixando a renda fixa pouco atrativa e a renda variável com risco alto, a aquisição de imóveis tem sido o melhor investimento para os que têm dinheiro e visão de negócio. De acordo com o economista, administrador e advogado, que também é master em Affair International pela Universidade Pierre Medés na França, Carlos Henrique Oliveira e Silva Paixão, a Selic é um termômetro porque quando a taxa tem queda, os investimentos financeiros não ficam tão atrativos, fazendo com que as pessoas busquem rendimentos superiores ao Selic, ao Certificado de Depósito Bancário (CDB), ao Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) e acabam encontrando no mercado imobiliário uma oportunidade de rentabilizar investimentos. O economista explica que em momentos de crises existem três medidas de preservação do capital, que são moeda estrangeira, metal precioso e imóveis. “No mundo inteiro, os cidadãos buscam pegar recursos e transformá-los em metais preciosos, já que o ouro é um ativo, em moedas estrangeiras sólidas que basicamente se resumem no mercado de dólar, tanto para negociar, quanto para gerir recursos ou em imóveis, haja vista que é uma propriedade privada e valorizada. Quem tem reserva busca oportunidades de fazer grandes negócios. O mercado de luxo é aquecido, específico, voltado para um público muito exigente em termos de qualidade e visibilidade. Em Uberlândia não é diferente. Existem imobiliárias que trabalham especificamente com o mercado de luxo e oferta de crédito para financiamento, queda nas taxas para financiamento, favorecem o mercado. As construtoras que atuam neste nicho estão aproveitando essa curva ascendente em que a cidade está atualmente”, observa.

Ainda neste segmento, a Spini Negócios Imobiliários, que mantém um portfólio diariamente atualizado com imóveis disponíveis para locação ou venda, também atua com imóveis de alto padrão. O diretor Neto Spini afirma que pelo fato de trabalhar na área há 12 anos, tem muitas indicações, além de plataformas e ferramentas usadas pelo mercado para a captação de clientes. “Quando fazemos um bom trabalho para o cliente, com certeza ele vai te procurar quando pensar em imóveis”. Ele destaca também que os imóveis com valor mais alto que vendeu foram uma área e uma casa em condomínio, de R$ 15 milhões e R$ 2,7 milhões, respectivamente. “Além dos clientes de poder aquisitivo mais alto buscarem sempre um bom negócio, este cenário é ótimo para investidores, já que as taxas de banco caíram, atraindo assim vários clientes. Outro fator que impulsionou foi a mudança de comportamento com a chegada da Covid, que fez as pessoas repensarem sobre forma de trabalhar e morar e estão procurando lugares maiores”, conta Neto Spini.

Ciclismo
A pandemia provocada pelo novo Coronavírus fez com que as pessoas desejassem prazeres simples, como o vento batendo no rosto. A Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) registrou um aumento de 50% nas vendas de maio em comparação com o mesmo período do ano passado. Aparentemente, a pandemia trouxe oportunidades para este mercado. Ela pode ter colocado muitos setores em crise, mas o ciclismo cresceu, tendo em vista que as pessoas estão buscando fugir de aglomerações e ter mais participações ao ar livre. E o mercado de luxo para os amantes das duas rodas não fica de fora. Hoje em dia, os ciclistas estão cada vez mais preocupados com o bem-estar enquanto pedalam. Por isso, entre os itens especiais para esses modelos, estão a fibra de carbono, que deixa a bicicleta mais leve, e amortecedores específicos para o tipo de terreno a ser praticado o esporte. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o interesse do brasileiro por esse tipo de produto é um fenômeno que vem acompanhando a evolução dos eletrônicos. O consumidor busca por opções com maior valor agregado a uma clara opção pela mobilidade com mais qualidade, segurança e conforto.

O advogado Leonardo Canuto, por exemplo, decidiu entrar para o ciclismo em razão da pandemia. “Por conta da Covid-19, os exercícios em academias estavam suspensos, exigindo uma nova alternativa para exercitar o corpo.

Assim, experimentei caminhada e corrida, no início, mas não me encontrei nestas atividades. Sendo assim, parti para o ciclismo, como uma outra opção, pela qual me encantei”, afirma. Leonardo também conta que em relação ao setor de ciclismo de luxo acredita que está em franco crescimento. E, que, com certeza este setor tem um bom espaço para crescer. “O ciclismo possui uma clientela exigente e com condições para esse investimento”, avalia o advogado.

O médico urologista Adair Batista é um adepto do mercado de luxo de ciclismo e fundador do grupo Wing Riders. O projeto foi pensado no pedal ecológico. Após se afastar do motor clube que participava, com o surgimento da pandemia passou a praticar o novo esporte. “Após o contato direto com a natureza, percebemos que o meio ambiente está se degradando por ações irracionais humana. Diante disso, buscamos uma forma de manter o planeta habitável lançando o pedal ecológico”, ressalta. O médico explica que nos fins de semana o grupo vai para cachoeiras da cidade e encontra toneladas de lixos descartados às margens. Com isso, promovem periodicamente o recolhimento desses materiais deixados nos mananciais. Ele acredita que o ciclismo tem um nicho muito bom voltado para o público casse A.

“A própria indústria automobilística tem percebido este mercado e já investe em acessórios para isso. Procurei dar preferência aos produtos de qualidade e que possam oferecer conforto e segurança. Busquei uma bicicleta que pudesse cumprir esses requisitos, sendo “full suspension”, o que reduz o desconforto na área perineal (próstata). E também procurei algo que fosse leve e resistente (carbono) com câmbio já no novo sistema de uma única coroa. A que eu escolhi foi a Sworks (Specialize) para um pedal confortável e seguro nas trilhas”, conta. Adair diz que no mercado é possível encontrar bicicletas com valores acima de R$ 90.000,00 e afirma que tem público que consome as tais “joias” sobre duas rodas.

Corrida
A corrida é um esporte que, em essência, demanda muito pouco, além da vontade de treinar e se movimentar. Porém, o mercado de luxo para corredores vem tomando espaço e ganhando o coração dos esportistas. O investimento em tênis, relógios com GPS, roupas adequadas, fones de ouvido, suplementos e outros acessórios estão se tornando a maneira mais confortável e agradável para apresentar bons resultados em uma corrida. Neste caso, o luxo para corredores vai além da qualidade do tênis, já que ele traz valores intangíveis, como benefícios de melhorar a corrida, proporcionar conforto, qualidade de vida e bem-estar. O consultor financeiro e maratonista Nilson Lima já tem mais de 269 maratonas completadas. Já correu em 41 países e 5 continentes. Além disso, em Uberlândia possui a Maratona Nilson Lima em sua homenagem. Ele conta que sempre gostou de desafios e escolheu a corrida por ser uma atividade que permite escolher seus objetivos. “Quando comecei, meu primeiro sonho era correr 15 km na São Silvestre. Feito isto, quis um desafio maior: correr os 42 km da mesma maratona.

A partir daí não parei mais”, salienta. O maratonista explica que o mercado para corredores não para de crescer no mundo todo. “No Brasil, ainda estamos engatinhando e temos muito a melhorar. É a atividade física mais fácil e democrática para ser praticada”, enfatiza. Nilson ainda evidencia que é um mercado de grandes oportunidades para qualquer padrão de exigência. “Assim como a corrida está crescendo, a oferta de produtos também vem para ajudar o corredor. Desde relógios com GPS e controle cardíaco para monitorar a performance, até os mais modernos tênis com placa de carbono que fazem total diferença no desempenho. Junta-se a isto roupas que absorvem o suor, facilitando a prática da atividade. Sou total adepto dessas inovações que só vêm para ajudar, seja na performance e/ou para aumentar a longevidade da prática”, acentua.

Náutica
O mercado náutico no Brasil também está soprando a favor. Uma expectativa divulgada pela Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar) revela que seguindo o faturamento de U$ 800 milhões em 2018, a expectativa é chegar a U$ 1,5 bilhão em 2020. Isso seria um amadurecimento do mercado brasileiro. Isto porque o brasileiro passou a encarar o mercado com um novo olhar: o que antes era um luxo, agora é uma forma de lazer também. O empresário Gleison Santos, proprietário da Elite Marina, localizada na Represa de Miranda em Uberlândia, é responsável por cuidar e acomodar embarcações de luxo que ficam na represa. Além disso, a empresa também cuida da limpeza, retirada do barco, desembarque das pessoas e dão toda segurança para as embarcações que ficam lá. “O mercado náutico de Uberlândia está apenas começando. É um mercado em expansão, grande e com muito potencial. Em poucos anos pode se tornar um polo náutico da região, pois já possui diversos investimentos. Em um prazo de cinco anos podemos ter um crescimento significativo desse mercado para a represa, como condomínios de luxos e até resorts”, prevê o empresário. Segundo Gleison, a pandemia acelerou o crescimento do setor. “Foi um dos principais produtos de luxo que entrou na grade de investimento. As pessoas pegaram o dinheiro que estava guardado e passaram a investir nisso. Notamos que o mercado náutico cresceu em torno de 30% no movimento, tanto em relação à guarda de barcos como nas vendas”, finaliza.

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