O agronegócio brasileiro é um dos mais representativos do mundo.
Ocasionalmente denominado “agribusiness”, é um termo utilizado para fazer referência ao contexto socioespacial da produção agropecuária, incluindo todos os serviços, técnicas e equipamentos a ela relacionados, direta ou indiretamente. Sendo assim, esse setor da economia engloba uma cadeia de atividades que inclui a própria produção, como café, algodão, pecuária, entre outros, ainda está inserido a demanda por adubos e fertilizantes, o desenvolvimento de maquinários agrícolas, a industrialização de produtos do campo (como óleos, cigarros, café solúvel, entre outras coisas) e, claro, o desenvolvimento de tecnologias para impulsionar todas essas atividades. Além disso, o agronegócio não está somente relacionado com o campo, ele especializa-se também no meio urbano, sendo um dos veículos de promoção da subordinação das atividades rurais à dinâmica das cidades. Isso ocorre porque, à medida que o agribusiness se moderniza, mais ele se torna dependente de atuações industriais e produtivas proveniente das cidades.
Existe uma inter-relação entre três setores: o primário (com a agropecuária), o secundário (com as indústrias de tecnologias e de transformação das matérias-primas) e o terciário (com o transporte e comercialização dos produtos advindos do campo). Uma das frentes do agronegócio é a concentração de investimentos. Os produtores investem tanto na produção em si, quanto nos elementos que viabilizam ou melhoram a sua execução. Com isso, essa atividade integra estudos científicos relacionados com o campo e a biotecnologia, e até com a meteorologia e climatologia, a fim de observar as melhores condições para intensificar a acumulação de capital por parte de seus proprietários. O agronegócio brasileiro é um dos mais representativos do mundo, sobretudo no que diz respeito à dinâmica de exportações. O Brasil é o maior exportador mundial de café, açúcar e cana-de-açúcar. É também o segundo maior exportador de carne bovina e o maior exportador de carne de frango, sendo também o quarto do mundo na venda internacional de carne suína. A tendência é que os lucros produzidos neste setor se intensifiquem ainda mais, com altas estimadas em 40% nos próximos anos, segundo o Ministério da Agricultura.
Críticas aos agronegócios
O agronegócio sofre críticas a partir de duas concepções: uma de viés econômico-social e outro de cunho ambiental. No aspecto ambiental é comum os embates no contexto político envolvendo os chamados “ruralistas” contra os “ambientalistas”. Esses últimos acusam frequentemente os primeiros de serem os responsáveis pela expansão desordenada das terras cultiváveis no território nacional, expandindo a fronteira agrícola e diminuindo a quantidade de reservas ambientais e áreas verdes. Há também acusações envolvendo o cultivo em áreas de preservação próximas a reservas e parques ambientais, além da poluição de cursos d’água por fertilizantes e outros produtos tóxicos.
Já no social estão intrinsecamente relacionadas com os movimentos sociais do campo, com destaque para o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que acusa o agronegócio de intensificar o processo de concentração fundiária, em que um número cada vez maior de terras fica detido sob a posse de um número cada vez menor de investidores. Além disso, os ruralistas, neste caso, são acusados de travarem as políticas de Reforma Agrária no Brasil, que se arrasta desde meados do século XX sem uma solução definitiva. Dados do IBGE afirmam que o índice de GINI na agropecuária brasileira é alto, ou seja, a concentração de terras permanece elevada. Segundo o Censo Agropecuário de 2006, este índice seguiu em 0,854 (quando a taxa é próxima a 0,0 significa que há uma boa distribuição, mas quando é próxima a 1,0 significa que há uma má distribuição). Em termos econômicos e produtivos, o agronegócio foi responsável pela participação em 22,5% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2012, o que revela o peso político e financeiro deste setor no contexto nacional. Nós, da EDUK4, enxergamos o valor imensurável que o Agronegócio tem dentro do Brasil, acompanhamos como este setor impulsiona nossa economia, gerando cada vez mais riqueza e nos colocando como umas das maiores potências do setor. Não à toa que temos o título de celeiro do mundo!
Éder Santos, educador e investidor no mercado de capitais, sócio fundador da Eduk4 Escola de Investimentos, parceiro da maior plataforma de negociação do Brasil, a Tryd Trader, e de uma das maiores corretoras do Brasil, a Nova Futura Investimentos.