Passagem do tempo e suas interfaces

Viver bem na idade que se tem é um processo complexo e libertador.

“O envelhecimento não é juventude perdida, mas um novo estágio de oportunidade e força” – Betty Friedan, ativista feminina.

“Envelhecer ainda é a única maneira que se descobriu de viver muito tempo” – Charles Saint-Beuve, crítico literário.

“Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida” – Henri Amiel, filósofo.

“A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura” – Lya Luft, escritora.

“Envelhecer é um processo extraordinário em que você se torna a pessoa que você sempre deveria ter sido” – David Bowie, músico.

“Velhice não deveria ser entendida como doença, pois não é algo contrário à natureza” – Aristóteles, filósofo.

“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida” – Sêneca, filósofo estoico.

“Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou” – Renato Russo, músico.

“Não quero morrer, pois quero ver como será que deve ser envelhecer” – Arnaldo Antunes, cantor.

Estes pensamentos são de filósofos, poetas, escritores, artistas. Todos, igualmente, sensíveis. À sua maneira, conseguem muito bem representar o teor do pensamento que acreditamos e tornamos público. A idade chega para todos, salvo para aqueles que o ciclo de vida tenha sido interrompido antes. Morreram jovens. Não chegaram a envelhecer. O envelhecimento é um processo natural da vida, do desenvolvimento normal, envolvendo alterações neurobiológicas estruturais, funcionais, psíquicas e químicas. Também incidem sobre o organismo fatores ambientais e socioculturais, como qualidade e estilo de vida, dieta, sono reparador, sedentarismo, exercícios físicos e cognitivos, intimamente ligados ao envelhecimento sadio ou patológico.  Temos como convicção de que se envelhece conforme se vive em etapas anteriores. Na velhice, observamos a interposição de todas estas ações e, também, o resultado que fará diferença na qualidade de vida e bem-estar das pessoas. Todas essas mudanças irão interferir na subjetividade do indivíduo, na sua forma de pensar e agir.

Se por um lado, a idade madura traz uma nova relação com a saúde, com o corpo e com o autocuidado, por outro, reúne experiências e a construção de uma forma de ser. A sensação de ser escutado e compreendido gera, no idoso, formas de enfrentamento, tornando-o ativo e participativo em suas questões, através de atitudes reflexivas, além de promover uma valorização de si e da sua fase de vida. Por fim, acabar com preconceitos, estigmas e a desvalorização das pessoas idosas e, também, assegurar seus direitos humanos é uma prática ética, urgente e totalmente imperativa para o momento atual, no qual o mundo se avoluma com este segmento populacional. Viver bem na idade que se tem é um processo complexo e libertador.

Profª. Dra. Geni de Araújo Costa.

Universidade Federal de Uberlândia.

Envelhecimento, bem-estar e qualidade de vida.

Palestrante/comunicadora.

Contato: [email protected] | @benditaidade

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