Reservatórios com níveis de água abaixo da média histórica preocupam empresários e consumidores
Há mais de 130 anos, o Brasil iniciou a produção de energia hidrelétrica devido ao grande potencial hidráulico do país. Apesar disso, ainda necessitamos importar energia elétrica e, em alguns períodos como os de pouca chuva, utilizamos com maior frequência as usinas termoelétricas para abastecer a necessidade interna de consumo. Se o atual cenário, com o nível dos reservatórios baixo e chuvas abaixo da média, indicam a possibilidade de faltar energia elétrica, o país dependerá mais das usinas termelétricas, condição que, certamente, elevará o preço da conta de luz.
A produção de energia elétrica no Brasil ainda é muito dependente das hidrelétricas. Há vantagens, como o fato de ser uma energia limpa e ter um custo de operação muito baixo. Por outro lado, ficamos dependentes das chuvas e, em períodos de hidrologia pior, isso acaba refletindo nos preços. Situação que fez com que, em 2015, o governo criasse o sistema de bandeiras tarifárias para indicar aos consumidores quando há ou não acréscimo no valor da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.
Quando as condições são favoráveis, a bandeira é verde e a tarifa não sofre nenhum acréscimo. Quando passam a ser menos favoráveis, a geração entra na bandeira amarela, que acrescenta R$ 1,34 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Há ainda a bandeira vermelha, que é acionada em condições mais custosas de geração e possui dois patamares: no primeiro, acrescenta-se R$ 4,16 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos; no segundo, essa sobretaxa é de R$ 6,24 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) de energia.
Quando olhamos para o céu ou para o nível dos reservatórios e analisamos os períodos de aplicação das bandeiras na composição das tarifas, percebemos a vulnerabilidade dos consumidores nessa relação e a necessidade de buscar formas alternativas de produção de energia elétrica.
Esta é uma realidade que vivemos, hoje, em nosso país. Porém, uma das alternativas que vem sendo muito explorada é a energia solar, que utiliza o sol como fonte de geração de energia através de sistemas fotovoltaicos. Com estes sistemas, cada consumidor pode gerar sua própria energia através de placas solares que fazem a capitação da irradiação solar, gerando, assim, energia.
A energia solar vem se desenvolvendo, ao logo da ultima década, em ritmo acelerado, pois tem como características diversas vantagens, sendo elas:
• Renovável, limpa e sustentável;
• Economia de até 95% na conta de luz;
• Vida útil de mais de 30 anos;
• Ocupa pouco espaço;
• Valorização do imóvel;
• Retorno financeiro em até 4 anos;
• Pode ser usada em áreas isoladas, onde não chega a energia através de sistemas off-grid;
• Isenção dos altos reajustes das companhias energéticas.
A energia fotovoltaica vem se tornando cada vez mais acessível, ao longo dos últimos anos, através de investimento para o desenvolvimento da tecnologia, atendendo a todos os públicos: residenciais, comerciais, industriais e zona rural, desde as pequenas até as grandes.
Outro fator importante em seu desenvolvimento é a abertura de linha de crédito, exclusiva para financiamento do sistema solar. Hoje, em sua grande maioria, as instituições financeiras vêm criando linhas de créditos, com financiamentos em até 120 meses e algumas oferecem carência de até 6 meses, facilitando a aquisição do sistema gerador de energia. Muitas das vezes, conseguimos financiar o sistema solar para nossos clientes em parcelas com valores menores que a de sua conta de energia.
Em outubro de 2020, o Brasil bateu 7 GW de potência instalada em energia solar, sendo mais de 4 GW correspondentes à porcentagem de 99,9% de toda micro e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais. Já na geração centralizada, o Brasil obteve 2,955 GW gerados pela energia solar, sendo 1,6% de toda a matriz energética brasileira, tendo Minas Gerais como maior destaque na geração de energia no território nacional, devido a sua localização privilegiada.