Devemos evitar um naufrágio
É fato que estamos vivendo um pesadelo tenebroso. Apesar das normativas impostas, continuamos a vivenciar um aumento de casos, gravidade e mortes. Parece que nenhuma dessas novas regras estão funcionando. Ledo engano, meus caros! Imaginem como estaríamos sem essa coerção?! Concordo que estamos navegando por mares de águas turbulentas e sofrendo muitas baixas. Sofrimento, esse, inenarrável. Tudo isso começou por total indisciplina de nossa parte.
Campanha eleitoral de novembro 2020: era para ter sido 95% online, mas o que vimos foi uma total irresponsabilidade na reta final. Candidatos causando aglomerações, distanciamento social nulo, muito lixo (santinhos e adesivos nas ruas) e muitos abraços. Resultado: curva ascendente de contaminados. Tudo com o aval, digo, conivência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Dezembro de 2020: festas de final de ano. Aglomerações familiares. Todos se reuniram e alavancaram ainda mais a curva. Mortes e mais mortes; falta de oxigénio; aumento desenfreado de casos; comerciantes reclamando; protestos; aglomerações…
Carnaval: Brasil brasileiro. Não obstante crônica anunciada desde 2019 (Covid-19), muitas aglomerações pelo país. Resultado: ocupação total dos leitos e falta de insumos básicos; caos na saúde pública; preços disparando; inflação saltitante; volatilidade do real; demissões em massa; cortes e mais cortes; greves e paralisações.
Pedimos por isso. Insensatez! Enquanto muitos sofrem por perdas e outros tantos seguem em prisão domiciliar, alguns insistem em fazer festas clandestinas. Infelizmente vivenciamos a cultura da demagogia: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço! Estamos na crista da onda com uma prancha ruim, toda quebrada.
Mas ainda há esperança! Devemos modificar o nosso comportamento para que o mar volte a dar peixes e evitemos um naufrágio.
#ficaadica