Muito se comentou sobre um novo normal no pós pandemia, como seria isso ou como seria aquilo e aquilo outro.
Falou-se muito, sobretudo como seriam as relações. Sobre dar valor às pessoas. Aos abraços e sorrisos, que estavam escondidos pelas máscaras.
Sobre como passaríamos a dar o real valor nas coisas que realmente importam: amor ao próximo, amizade, respeito, compaixão, solidariedade… Conversa fiada, pois não foi bem isso que se viu.
Agora que a poeira baixou contabilizamos as perdas; percebemos que o consumismo trouxe o endividamento das pessoas, boletos e mais contas para pagar em um ambiente cada vez mais estressado. O resultado foi uma correria desenfreada para se quitar dívidas, perda de valores e princípios, desgaste das relações, ansiedade, depressão, uso de medicamentos. Nervosismo, irritabilidade, ganho de peso, sedentarismo, alcoolismo e vícios diversos. Segregação, racismo, homofobia e bullying, para mencionar alguns dos problemas latentes.
A instabilidade emocional é tamanha que chegamos ao ponto de ver, constantemente, discussões no trânsito, conflitos diversos e até brigas entre crianças. Mas não são brigas quaisquer, vemos também mortes e violência desmedida. Massacres em escolas. Diretoras amarrando bebês e dando calmantes para crianças.
A falta de compreensão é tamanha que a situação ficou insana e insustentável. Conflitos de toda natureza e, ainda, a guerra no leste europeu. Tempos realmente difíceis.