Em um ecossistema digital cada vez mais inundado de desinformação, precisamos ser cautelosos com o que lemos e compartilhamos. Embora a desinformação on-line tenha surgido com a própria internet, muitos apontam as eleições como um catalisador para a atual onda de notícias falsas. A enxurrada de fontes questionáveis deixou os usuários da internet, muitas vezes, incapazes de diferenciar sites confiáveis e não confiáveis e, com isso, muitos deixaram de questionar a veracidade dos conteúdos.
A questão está bem evidenciada, mas a quantidade de desinformação on-line só está crescendo. A polarização política recente e a pandemia de Covid-19 agravaram a situação. Informações falsas podem se espalhar, estimular o ódio, criar medo e confusão na vida de pessoas.
É improvável que a desinformação on-line morra tão cedo. Como tudo na internet, vai evoluir constantemente. A explosão de conteúdo de vídeo e áudio, nos últimos anos, levou à rápida disseminação de conteúdo on-line suspeitos, mas altamente envolventes, e a detecção e proteção de tais conteúdos serão difíceis. Afinal, para ser mais eficaz, as notícias falsas são espalhadas nas mídias sociais, simultaneamente, por centenas de pessoas e milhões de robôs para, assim, gerar milhões de visualizações e engajamentos. Por sua vez, os cookies são encarregados de rastrear a visita das pessoas a sites, criar perfis de personalidade e mostrar-lhes conteúdo de notícias falsas que lhe sejam mais atraentes. Também existem os trolls, ou seja, pessoas que criaram contas de mídia social com o único propósito de espalhar notícias falsas e desinformação.
Ter acesso à informação correta é uma questão de bem-estar crítico, e impedir a disseminação de desinformação é um dever de todos.