As alternativas do comércio com a pandemia e a importância do comércio local

A fim de evitar a disseminação do novo coronavírus, os prefeitos de diversas cidades no Brasil decretaram o fechamento temporário das lojas que não vendem produtos essenciais. Com isso, os comerciantes locais ficaram prejudicados, o que pode acarretar em grandes dificuldades para eles e para a economia do país.
No entanto, o apoio da população a esses comerciantes pode fazer a diferença para ajudá-los a passar por essa crise. Um exemplo é escolher fazer as compras no mercadinho perto de casa em vez de comprar nas grandes redes de supermercados, assim como lanchonetes e restaurantes.
Dessa forma, será possível ajudar o próximo, estimular a economia local e a manutenção de empregos, além de ser uma opção prática diante da recomendação de evitar sair de casa. Promover o consumo em negócios locais gera ganhos para toda a região. Comprar de comerciantes locais constrói um comércio mais justo, promovendo desde o agricultor até o restaurante do seu bairro, proporcionando mais empregos e uma melhor distribuição de renda. Além disso, faz com que o dinheiro circule pela sua região, propiciando o desenvolvimento local e a melhora no desempenho e atendimento, ao gerar concorrência.
Comércio de Uberlândia
Em Uberlândia, as atividades comerciais consideradas não-essenciais, estão fechadas desde o dia 22 de março como forma de combater a disseminação do novo coronavírus. Ainda na semana do dia 22, a prefeitura disponibilizou uma lista de lojas autorizadas a funcionar.
Recentemente, no dia 15 de abril, o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, anunciou em uma transmissão pela internet a ampliação dos estabelecimentos comerciais autorizados à funcionarem em Uberlândia.
A lista foi atualizada permitindo a reabertura de óticas, lojas de equipamentos de informática, assistências técnicas e lojas de embalagem. Além desses, imobiliárias, barbearias e salões de beleza também estão permitidas a reabrir, mas deverão atender com agendamento para evitar aglomerações.
O prefeito também ressaltou que os estabelecimentos deverão tomar os devidos cuidados para evitar a transmissão da Covid-19. “O dono do estabelecimento deverá assinar um documento assumindo a responsabilidade pela abertura. Entre as responsabilidades estão a utilização de máscaras, disponibilização de álcool em gel, e limpeza do piso. As pessoas que entrarem nos estabelecimentos deverão usar máscara”, explicou o prefeito.
O aumento das vendas online
Desde o início da pandemia, as lojas têm procurado novas formas de venderem seus produtos, por exemplo, com vendas online. A medida se mostrou uma ótima alternativa para respeitar as regras de isolamento e conseguir faturar mesmo de portas fechadas.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), devido ao isolamento social algumas lojas virtuais registraram um aumento no crescimento das vendas ao transformarem as redes sociais em um canal de vendas. “Desde quinta-feira, dia 12 de março, algumas lojas virtuais chegaram a registrar um aumento de mais de 180% em transações nas categorias Alimentos e Bebidas e Beleza e Saúde”, afirma Maurício Salvador, presidente da entidade.
Devido a pandemia houve um aumento significativo no consumo em categorias como o supermercado (80%), saúde (111%) e beleza (83%). Outros departamentos, no entanto, tiveram forte queda no consumo, como games, filmadoras, eletrônicos e automotivo. “Houve uma mudança significativa no comportamento do consumidor com a chegada da Covid-19. Setores que geralmente apresentam bons resultados tiveram queda significativa, enquanto outros, de menor porte no e-commerce, ganharam o protagonismo. A tendência é que o cenário continue dessa forma, com consumidores cada vez mais engajados nas compras à distância e movimentando de forma significativa o consumo de categorias relacionadas às necessidades básicas do dia a dia e ao esforço de prevenção da Covid-19”, relatou André Dias, diretor executivo do Compre&Confie, empresa de segurança digital para compras na web.
*Informações do G1, Sebrae e ABCOMM
Por Communicare Jr. | Mariana Palermo