Darah Gomes
Fotos Arquivo Pessoal | Divulgação
Cancelamento de desfiles tem um impacto significativo para a moda.
A crise mundial do novo coronavírus atingiu diretamente todas as áreas. Com a
moda não foi diferente. Os primeiros sinais de problemas surgiram durante as
Semanas de Moda no exterior, como em Milão e Xangai. Desfiles sem plateia
transmitidos virtualmente marcaram os eventos. Os cancelamentos do São
Paulo Fashion Week e o Minas Trend foram outros efeitos colaterais do vírus.
O cancelamento de desfiles tem um impacto significativo para a moda. É lá que
as marcas de maior evidência lançam as principais tendências. É um marco
que orienta lojistas sobre as peças que vão repor os estoques. Os transtornos
chegaram, por fim, nos empreendedores locais, que são um elo na cadeia da
comercialização e precisaram inovar para continuar as vendas e salvar os
negócios. Com o efeito dominó, as lojas de roupas também são afetadas. Além
da dificuldade de vender durante uma crise, muitas peças são produzidas na
China, onde o surto do Covid-19 teve início e as indústrias precisaram parar.
Viviane Soares, proprietária de um estabelecimento em Uberlândia, optou por
fechar a empresa totalmente. Ela contou que as vendas já não estavam altas
desde o fim de 2019, mas esperava uma melhora após o Carnaval. Com isso e
mais o fechamento pela pandemia houve um prejuízo de mais de 70% nas
vendas dos últimos meses. “Afetará muito porque viemos de final e início de
ano fracos. Estamos muito preocupados, mas a saúde sempre vem em
primeiro lugar”, explica. A empresária foca agora em se manter conectada de
alguma forma com os clientes, seja por redes sociais ou aplicativos de
mensagens, além de buscar novas ideias para quando for reabrir a loja. Seja
através de desfiles virtuais ou de medidas para não perder a clientela durante a
pandemia, o Coronavírus fez com que os envolvidos na área da moda fizessem
o que sabem de melhor: serem criativos.
Darah Gomes é jornalista, webwriter e apaixonada por moda.
@in.Darah | [email protected]
