BEM CULT
Karolina Cordeiro
Fotos Arquivo Pessoal | Divulgação
Pensar novas formas de avaliação também é de extrema importância.
Na semana em que se lançou a Nova Política de Educação Especial, onde se defende salas específicas para alunos com deficiência, e também autonomia para que os pais possam ter o poder de escolha entre ensino regular e ensino especial, surge um convite à reflexão ao que é realmente o sentido que se dá a educação. Pois, se voltarmos rápido no tempo, vamos entender que o processo de construção da inclusão na escola é uma dinâmica em movimento contínuo. A elaboração da melhor forma de Educação deveria permear tanto a família, quanto profissionais da área da pessoa com deficiência que agende este aluno fora do período da escola, e educadores, gestores e cuidadores. Numa rede que se comunique uma com a outra. E mesmo sendo objeto de todos que é possibilitar a qualquer aluno a desenvolver seu melhor potencial, tanto qualitativo ou quantitativo pedagógico, tem que existir lugar de fala e de escuta de todos. Pensar novas formas de avaliação também é de extrema importância, visto que mesmo alunos sem deficiência visíveis atravessam desafios em estruturas engessadas e polarizadas, na forma de se viver a escola. Como diz o sociólogo que gosto muito, Boaventura de Sousa: “Temos o direito a sermos iguais quando a nossa diferença nos inferioriza e temos o direito de sermos diferentes quando nossa igualdade nos descaracteriza”. O caminho do meio sempre será a melhor escolha. Nem especial, nem regular, humana.
Sou Karolina Cordeiro, uma mãe que transforma a experiência de ter um filho com deficiência em aprendizado e oportunidade de criar relações significativas e importantes para um mundo melhor. O Pedro, meu filho, tem 12 anos, está no sexto ano do Ensino Fundamental numa escola pública municipal.