O isolamento nos incentivou a colocar a mão na massa.
Essa geração talvez não tenha experimentado anteriormente um período de isolamento social tão extenso como este. Já são mais de meses que estamos com as atividades sociais zeradas ou reduzidas. Nesse período, as pesquisas por decoração, reformas, artesanato e afins em sites de buscas cresceram exponencialmente. Fomos obrigados a repensar nosso tempo livre e assim acabamos encontrando muitas coisas legais para fazer. Vimos de tudo um pouco: famosos fazendo crochê, a tia se aventurando na bricolagem, o amigo no artesanato, a cunhada estudando novas línguas… Um movimento positivo que alivia a tensão do nosso cérebro e nos ajuda a desconectar um pouco da realidade tão tristonha que vem nos assolando há algum tempo. Diante desse cenário de crescimento de buscas de como fazer algo e de compras de materiais para DIY (do it yourself – faça você mesmo) podemos dizer que a quarentena nos deixou mais criativos? Na minha humilde opinião, sim. Criatividade não é nada mais do que o caráter inventivo e artístico que aplicamos na criação/execução de algo. Uma capacidade que pode ser nativa ou adquirida. A quarentena nos trouxe mais tempo e esse tempo nos deixou mais dispostos a colocar a mão na massa. Antes usávamos a falta de tempo e o cansaço para justificar a falta de vontade de fazer algo. Agora não mais. Muito provavelmente você se conectou com alguma coisa que gosta de fazer e antes não estava fazendo ou encontrou um novo hobby nesses dias. Se isso ainda não aconteceu contigo, não se preocupe, acontecerá, e eu espero que seja em breve. Afinal, esse movimento é maravilhoso e importante para a sua saúde mental.
Paulo Gabriel é criador de vídeos de humor para internet, possui três pós-graduações em comunicação social e professor de marketing.