O dilema da vacina

Pesquisadores estão utilizando várias tecnologias, algumas delas nunca usadas antes em vacinas.

BRUSSELS, BELGIUM – JUNE 18 : In this illustration a doctor holds a syringe and a bottle labelled as the Covid-19 coronavirus vaccine. At least 8,000,202 cases of infection, including 435,176 deaths, were recorded in total, particularly in Europe, the continent most affected with 2,417,902 cases (188,085 deaths) and in the United States, which has the highest number of cases (2,110,182) and deaths (116,081). There are about a hundred projects for vaccines against Covid-19, of which about ten are in the clinical trial phase. Pictured on June 18, 2020 in Brussels, Belgium, 18/06/2020 ( Photo by Vincent Kalut / Photonews via Getty Images)

Muito tem-se falado sobre vacinação; seria mais um golpe do governo chinês? Essa vacina para o COVID-19 funciona? Teria efeitos colaterais? E a produção, pode ser assim tão rápida? Pois bem, fui procurar entender um pouco mais sobre o assunto. Achei inúmeros artigos tendenciosos, alguns envolvendo política e outros bem mais científicos e esclarecedores. Dentre tudo que fui lendo, destaquei algumas coisas validas e interessantes. Para entender melhor os avanços no combate ao novo coronavírus, vacinas contra COVID-19 que estão sendo estudadas em todo o mundo. A corrida na produção de uma vacina eficaz contra o SARS-CoV-2 tem sido intensa. Os pesquisadores estão utilizando várias tecnologias, algumas delas nunca usadas em vacinas anteriormente. Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imunização e mestre em tecnologia de imunobiológicos, afirma que a principal vantagem na utilização desse tipo de tecnologia é que o tempo de produção é menor. “Quando se produz uma vacina com vírus atenuado (DNA), por exemplo, é preciso cultivar esse vírus em laboratório e depois fazer o enfraquecimento dele, isso leva tempo. Na vacina de mRNA o corpo fará essa produção”. A especialista explica que, para produzir esse tipo de vacina, a molécula de RNA é produzida em laboratório é aplicada no paciente. Essa molécula entra na célula da pessoa por diferentes mecanismos e a célula terá a informação necessária para produzir uma das proteínas que compõem o vírus. Assim, o sistema imunológico identifica essa proteína como um patógeno, um corpo estranho que precisa ser combatido, e inicia uma resposta imunológica. A pesquisadora Luciana Cezar de Cerqueira Leite, do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto Butantan e da USP-São Paulo , afirma que por ter poucos componentes, esse tipo de vacina tem a possibilidade de produzir menos reações adversas, desse modo, apenas falta aguardar e conferir a taxa das pessoas consideradas imunizadas para se começar a vacinação em massa (fase III dos estudos) que seria em dezembro se tudo correr certo. Quanto aos imbróglios políticos é óbvia a rixa do presidente Bolsonaro (Aliança pelo Brasil) e o governador do estado de São Paulo (PSDB) pela provável corrida presidencial de 2022. Eu, como cientista que nunca fui, vos afirmo: Tomá-la-ei! No braço esquerdo.

#ficaadica

Dr. Guilherme de Freitas é médico hiperbárico, ortopedista e traumatologista subespecializado em Cirurgia do Quadril (USP), com atualização em Exeter (UK-Inglaterra) e Naples (FL-EUA). Trabalhou no Hospital Santa Genoveva como cirurgião ortopedista. De família médica uberlandense, sofreu um AVC com Síndrome do Encarceramento aos 33 anos de idade, perdendo grande parte dos movimentos e fala,

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