Ser mulher é somar e dividir-se várias vezes ao dia
Quantas mulheres cabem dentro de uma só? Somos várias. Em um mesmo dia, nos multiplicamos e pegamos, por natureza, a responsabilidade com o amanhã.
Sendo seres vivos da própria transformação, gestar e gerar futuros, sem preconceitos ligados aos nossos filhos com deficiência e doenças raras, acabam tornando-se um traço natural da mulher mãe, que modifica uma sociedade através de suas vivências e experiências, criando relações significativas para um mundo melhor.
A coroa de guerreira ou “mãezinha especial” não nos cai bem. Tiram das mães que possuem filhos com deficiência seu lugar de fala, criando muros no lugar de pontes. Ser mulher e mãe anticapacitista é não permitir que narrativas diminuam pessoas por elas serem quem são.
Ser mulher é assumir uma postura desafiadora de ser quem quiser e, com afeto, entregar seus filhos com deficiência num mundo que elas mesmas criaram, com afeto e posturas propositivas. Ser mulher é somar e dividir-se várias vezes ao dia. E está tudo bem ser assim.